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Caixa eletrônico que vende água muda a vida de milhões de africanos

Cerca de 750 milhões de pessoas não têm acesso a água limpa para beber no continente. ONGs e iniciativas público-privadas tentam minimizar o problema

Por Daniela Macedo 12 jul 2015, 17h52

Para 748 milhões de pessoas que vivem nas áreas mais pobres do planeta, água potável é artigo de luxo. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), apenas 60% da população que vive na África Subsaariana tem acesso a água tratada. Para os outros 40%, ela pode estar a quilômetros de distância de casa.

Iniciativas independentes e parcerias público-privadas procuram evitar que milhares de crianças morram todos os dias de doenças causadas por água contaminada – segundo dados do Unicef, o Fundo das Nações Unidas para a Infância 1,5 milhão de crianças morrem por ano de doenças relacionadas à falta de saneamento básico, como diarreia. Uma dessas iniciativas está em funcionamento em Nairóbi, capital do Quênia.

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Uma parceria entre o governo local e uma empresa dinamarquesa de engenharia hídrica, a Grundfos, instalou caixas eletrônicos que vendem água potável a quem só tinha acesso a água poluída para beber. Os valores cobrados são irrisórios: cada 20 litros de água custa por 0,5 xelins, o equivalente a 2 centavos de real.

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Por enquanto, a primeira parceria público-privada nessa área na África instalou quatro pontos de venda. “Pretendemos instalar 45 pontos de vendas em Nairóbi e expandir o projeto a outras cidades do Quênia e, futuramente, a outros países africanos”, disse ao site de VEJA Rasoul Mikkelsen, porta-voz da Grundfos.

Antes da implantação do projeto, os moradores dos subúrbios eram obrigados a comprar água a preços bem superiores. O galão de 20 litros que chega às favelas é vendido por 50 xelins no subúrbio da cidade – 100 vezes o valor cobrado no caixa eletrônico -, de acordo com a rede britânica BBC.

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Para a ONG americana Charity:Water, fornecer água limpa para os menos favorecidos em países pobres é prioridade desde 2006, quando foi fundada. Com sede em Nova York, a organização promove campanhas para levantar fundos que financiem projetos de construção de poços artesianos em áreas carentes. Uma delas é a campanha do aniversário, em que um aniversariante preenche um cadastro no site da Charity:Water e solitica que os amigos substituam presentes por doações.

Se quem vive nas áreas urbanas sofre com a falta de água tratada, para os moradores das zonas rurais o drama é ainda pior. De acordo com o Unicef, para um quarto da população de países como Etiópia, Zâmbia, Moçambique e Quênia, a coleta de água para as necessidades diárias exige uma jornada de mais de trinta minutos. Na maioria dos casos, a dura tarefa de caminhar longas distâncias – mais de 5 quilômetros por dia, em média – para encher baldes de água cabe às mulheres e crianças.

Para amenizar o esforço dessas mulheres, uma organização não governamental dos Estados Unidos desenvolveu, em parceria com uma fabricante de embalagens multinacional chamada Greif, a mochila maleável com capacidade para transportar 20 litros de água. A packh2o tem revestimento resistente e uma torneira acoplada, o que faz com que ela possa ser usada tanto para transporte como para armazenamento da água. Projetos humanitários já distribuíram o produto em países como Quênia e Ruanda.

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