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Cai o número de fugas da Coreia do Norte – mas vida não melhorou

Resultado reflete medidas mais duras do país contra deserções e da China contra os refugiados, e não uma melhora no cotidiano dos norte-coreanos

Por AFP
Atualizado em 5 jan 2018, 18h31 - Publicado em 5 jan 2018, 17h17

O número de deserções de norte-coreanos caiu em 2017, atingindo seu menor nível em quinze anos, anunciou a Coreia do Sul nesta sexta-feira. Foram menos de 100 deserções por mês. A queda pode ser justificada pelos reforços por parte de Pyongyang  em aumentar seu controle das fronteiras e por medidas chinesas contra refugiados.

No total, 1.127 norte-coreanos conseguiram entrar no Sul no ano passado, 21% a menos que em 2016 e o menor nível desde 2001, informou o ministério de Unificação sul-coreano.

Os norte-coreanos fogem por causa das carências em seu país, submetido a sanções cada vez mais severas por parte do Conselho de Segurança da ONU. Sokeel Park, da ONG Liberty in North Korea, que ajuda os desertores a chegarem à Coreia do Sul, explica que a queda não se dá pela melhora de vida na Coreia do Norte e sim pelo aumento de medidas adotadas pela China contra os refugiados.

“Esta queda é extremamente preocupante porque não se dá em função de a vida ter ficado melhor na Coreia do Norte. É porque as autoridades chinesas, ao mesmo tempo em que apoiam mais sanções contra a economia norte-coreana, também aumentam suas severas medidas contra os refugiados norte-coreanos”, afirmou.

Pyongyang começou a reforçar no segundo trimestre de 2015 seus controles fronteiriços, aumentando o número de efetivos das forças de segurança e estabelecendo cercas eletrificadas para dissuadir os cidadãos norte-coreanos que querem chegar à China, por onde transitam antes de prosseguir para a Coreia do Sul ou outros países.

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“Além disso, a China reforçou drasticamente a perseguição aos fugitivos norte-coreanos, repatriando-os de forma irresponsável quando os encontram”, declarou à AFP Seo Jae-Pyong, da Associação de Desertores Norte-Coreanos.

Mais de 31.000 norte-coreanos fugiram para o Sul desde 1949, ano da proclamação dos dois Estados, segundo uma contagem no fim de dezembro. O recorde anual aconteceu em 2009, com 2.914 deserções.

Em 2017, a imensa maioria (83%) das pessoas que cruzaram a fronteira para o Sul foi de mulheres. Para elas, é mais fácil partir, já que todos os homens têm trabalho, o que facilita que se detecte sua ausência.

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