Cadeirante de 93 anos morre após ser eletrocutado pela polícia inglesa
Dois policiais de Sussex, envolvidos no disparo, começaram a ser investigados pelo Escritório Independente de Conduta Policial nesta quinta-feira

Dois policiais do condado inglês de Sussex envolvidos no disparo de uma arma de eletrochoque contra um cadeirante de 93 começaram a ser investigados nesta quinta-feira, 4, pelo Escritório Independente de Conduta Policial (IOPC) por homicídio culposo. O idoso, segundo a polícia, ameaçava funcionários de uma casa de repouso com uma faca.
O incidente aconteceu em 21 de junho, após a polícia ser chamada ao lar de idosos St Leonards-on-Sea, no oeste de Sussex. Depois de ser atingido, Donald Burges, que sofria de demência e ficava em cadeira de rodas depois de ter perdido uma das pernas, foi levado para hospital, onde ficou algemado à cama. Ele morreu três semanas depois de ser eletrocutado, em 13 de julho.
De acordo com a polícia, um dos oficiais tentou conter Burgess com um spray incapacitante e um bastão. Outro agente então disparou com uma arma de eletrochoque.
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Após alegações sobre o uso excessivo da força pelos oficiais, a polícia de Sussex pediu a um agente para averiguar o caso. Os dois policiais envolvidos receberam notificações de má conduta e cartas que informam que estão sob investigação criminal por homicídio culposo. O IOPC enfatizou que isso não significa necessariamente que seguiriam os processos disciplinares ou acusações criminais.
“Quero expressar minhas condolências aos parentes do homem e àqueles que o conheceram. Aconselhamos seus familiares sobre nossa investigação independente e explicamos os passos que tomaremos”, disse Graham Beesley, diretor regional do IOPC, em nota. “Isso incluirá investigar se a força usada pelos dois policiais contra esse homem foi razoável, necessária e proporcional às circunstâncias e de acordo com as políticas, procedimentos e orientações locais e nacionais”.
Segundo o IOPC, há uma clara preocupação com queixas de uso desproporcional de armas de choque contra pessoas negras e pessoas com problemas de saúde mental. Em junho, um homem foi atingido com arma de choque pela polícia de Londres e teve que ser resgatado no rio Tâmisa, antes de morrer.