Ao tomar a decisão de invadir o Iraque em 2003, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, junto com outros membros importantes do governo americano, ignoraram as dúvidas das agências de inteligência sobre os programas de armamentos de Saddam Hussein. Esta afirmação consta em um documento divulgado nesta quinta-feira pelo Comitê de Inteligência do Senado americano, que atesta que Bush “levou a nação para a guerra baseado em falsas premissas”.
Para chegar a esta conclusão, o comitê estudou a maioria dos discursos do presidente, do vice Dick Cheney, e de outros oficiais envolvidos na invasão do país árabe em março de 2003. As falas foram comparadas aos dados obtidos pela inteligência na mesma época.
De acordo com o relatório, as declarações da parceria do Iraque com Al Qaeda estavam erradas e não foram indicadas pela inteligência. O texto também acrescenta que as suposições de que Saddam estaria se preparando para armar um ataque terrorista contradiziam as informações apuradas pela inteligência.
Armas de destruição em massa – Segundo a inteligência, muitos relatórios que confirmavam a existência de armas no Iraque estavam errados. As declarações do então secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, que confirmou que o governo iraquiano possuía esses armamentos no subsolo, também foram desmentidas.
À época, a principal justificativa apresentada pelo governo Bush para entrar em guerra no Iraque era justamente a presença no país de supostas armas de destruição em massa. No entanto, segundo o documento, essas informações não eram verdadeiras.