Monterrey (México), 19 fev (EFE).- Pelo menos 40 presos morreram neste domingo em um confronto registrado no presídio de Apodaca, localizado no estado mexicano de Nuevo León, informou uma fonte oficial.
‘São 40 presos mortos, todos no pavilhão D’, indicou o diretor do centro penitenciário de Apodaca, Gilberto Ceceña, ao apresentar um balanço atual do número de vítimas, que inicialmente foi de apenas 20 mortos.
O funcionário indicou que não há feridos e que continuam as investigações para determinar as causas deste intenso confronto.
Ceceña também confirmou que nas próximas horas serão divulgados a identidades das vítimas. Do lado de fora do presídio, de segurança média, aproximadamente 400 parentes dos presos exigem aos gritos informações sobre os presos.
O centro penitenciário de Apodaca, que se encontra a cerca de 22 quilômetros da cidade de Monterrey, capital de Nuevo León. Até o momento, as hipóteses sobre esta briga apontam para um choque entre integrantes da organização criminosa dos Zetas e integrantes do Cartel do Golfo, que tinham sido transferidos recentemente.
O porta-voz de Segurança do estado, Jorge Domene, revelou que a briga entre os presos começou por volta das 06h (horário de Brasília) em dois pavilhões da prisão e depois se estendeu por todo o resto do centro penitenciário.
Segundo a fonte, alguns disparos também foram ouvidos. No entanto, as autoridades não sabem se estes foram efetuados por agentes de segurança ou pelos próprios internos.
Na manhã deste domingo, as forças federais e estaduais assumiram o controle da prisão, e o Governo de Nuevo León instalou um posto provisório para atender os familiares dos internos que se concentraram do lado de fora do centro penitenciário para pedir informação sobre a situação.
A prisão de Apodaca conta com aproximadamente 3 mil presos, um número que ultrapassa em 30% o total de sua capacidade, um fato que ocorre na maioria dos presídios no México.
A briga registrada na ultima madrugada é considerada como uma das mais violentas dos últimos anos no México. Em janeiro, outro confronto entre presos, registrado em um centro penitenciário do estado de Tamaulipas, resultou na morte de 31 presos.
Em maio de 2011, um incêndio na prisão de Apodaca, aparentemente causado por um curto-circuito, acabou com 14 mortos e 35 feridos. EFE
jac-jrm/fk
Giro VEJA - sexta, 19 de abril
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