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Brexit causa derrota aos maiores partidos do Reino Unido em eleição local

Grupos independentes avançam e devem eleger 44% dos vereadores; Theresa May, reconhece momento "muito difícil" para seus aliados

Por Da Redação
3 Maio 2019, 17h08

Os dois maiores partidos do Reino Unido, o Trabalhista e o Conservador, foram os grandes derrotados nas eleições municipais realizadas nesta semana. Somente na Inglaterra, os conservadores da primeira-ministra, Theresa May, já perderam mais de 1.200 cadeiras em assembleias locais e 41 prefeituras, cedendo espaço para legendas menores e grupos independentes.

Apesar das perdas mais modestas, os trabalhistas, liderados por Jeremy Corbyn, também contarão com 80 representantes a menos nas assembleias, em um resultado que demonstra o impacto do imbróglio envolvendo a saída dos britânicos da União Europeia, o Brexit. Os resultados desfavoráveis para os dois principais partidos nestas eleições deverão influenciar futuros pleitos para o Parlamento.

Segundo projeções da BBC, se os resultados da Inglaterra forem replicados em todo o Reino Unido, os conservadores e os trabalhistas conquistariam apenas 28% dos eleitores cada um. A análise das intenções de votos ainda projeta que os liberal-democratas teriam 19% dos votos e os outros partidos, 25%.

A apuração dos votos em outros lugares do Reino Unido ainda será anunciada. Na Irlanda do Norte, o resultado das eleições nas 11 prefeituras locais deve ser divulgado no sábado, 4. As eleições locais não estão acontecendo na Escócia e no País de Gales.

Momento difícil 

Líder do Partido Conservador, Theresa May classificou a derrota nas eleições locais como um momento “muito difícil” para seus aliados. As eleições municipais realizadas na quinta-feira na Inglaterra envolviam a disputa por 8.425 cargos de vereadores, dos quais 4.905 delas eram ocupadas pelos “tories”.

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“Os resultados estão saindo, mas o panorama é claro. Os vereadores que trabalharam duro durante anos para suas comunidades locais perderam sem terem culpa”, lamentou May, em uma referência ao Brexit, durante comunicado em Llangollen, no País de Gales.

“Este é um momento difícil para o nosso partido, e os resultados destas eleições são um reflexo disso”, acrescentou a política.

Para May, o Partido Conservador tem o “privilégio” de governar o país em um “momento transcendental” e diante de uma responsabilidade “histórica”. Cumprir com a saída do Reino Unido do bloco econômico, remarcada para o dia 31 de outubro, é a “única mensagem” a ser extraída dos resultados do pleito, afirmou a chefe de Estado.

Os eleitores na Inglaterra e na Irlanda do Norte compareceram às urnas na quinta-feira para participar de eleições municipais, que servem de termômetro para conhecer o impacto da novela envolvendo a saída britânica da União Europeia.

Na Irlanda do Norte, os eleitores foram convocados para escolher os 462 membros que compõem os 11 conselhos regionais, após uma campanha marcada pelo assassinato recente da jornalista Lyra McKee, de 29 anos, cometido pelo grupo terrorista dissidente Novo IRA.

O Reino Unido, que aprovou o Brexit em um referendo de 2016, adiou sua saída da União Europeia de 29 de março para 31 de outubro depois que o Parlamento britânico rejeitou diversas vezes o acordo de saída negociado entre Londres e Bruxelas.

(Com EFE)

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