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UE reabre fronteiras a 15 países e deixa Brasil e Estados Unidos de fora

Lista leva em consideração a residência e não a nacionalidade; Fronteiras externas começam a ser abertas na quarta-feira

Por Ricardo Ferraz Atualizado em 1 jul 2020, 07h42 - Publicado em 30 jun 2020, 12h29

Cidadãos do Brasil, dos Estados Unidos e da Rússia estão impedidos de entrar na União Europeia a partir de quarta-feira, quando os 27 países que integram o bloco reabrem suas fronteiras externas. Apenas viajantes de 15 países estarão autorizados a ingressar na UE.

Estados Unidos, Brasil e Rússia (nessa ordem) são as nações mais atingidas pela pandemia de coronavírus. Juntos, os três somam 4,7 milhões de casos de Covid-19, de acordo com levantamento em tempo real da Universidade Johns Hopkins. Viajantes vindos da Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Japão estão liberados. O Uruguai é o único país sul americano que figura na lista segura. A China, epicentro da doença que tradicionalmente envia muitos turistas à Europa, foi aprovada, contanto que aja em reciprocidade e abra suas fronteiras para cidadãos do bloco.

A União Europeia adotou uma política complexa para elaborar a lista, incluindo critérios como segurança sanitária, necessidade de retomada econômica por meio do turismo, diplomacia e política externa. A decisão de deixar Brasil, Rússia e Estados Unidos, de fora da lista, no entanto, expõe o descontentamento das autoridades europeias sobre a maneira pela qual esses países têm tratado a pandemia.

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A lista, no entanto, foi feita levando-se em consideração o país de residência dos viajantes e não sua nacionalidade. Ou seja, um brasileiro que mora no Uruguai, por exemplo, poderá ingressar no bloco. Ainda não está claro, porém, quais documentos serão exigidos na alfândega para comprovar o endereço. 

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Outro ponto ainda obscuro é se todos os 27 países membros adotarão a lista. O documento não é mandatório, mas a UE tem realizado um esforço diplomático para que ele valha para todos. Caso contrário, há o risco de fechamento das fronteiras internas, o que atrasaria os esforços para retomar a zona de livre comércio e as viagens, algo considerado fundamental para a recuperação da economia.

A lista de países seguros será revisada a cada duas semanas e deve levar em consideração avanços e retrocessos no combate à doença. Se, de um lado, parece ser uma política sensata no sentido de garantir a segurança dos habitantes da Europa, de outro, deve trazer complicações no planejamento de viagens, em especial para as companhias aéreas, que vivem uma forte crise em virtude da diminuição dos deslocamentos. 

Há algumas exceções para viajantes de países fora da lista segura. Ela  inclui profissionais de saúde, diplomatas, trabalhadores humanitários, passageiros em trânsito, solicitantes de asilo e estudantes. “Passageiros que viajam por razões familiares imperativas” e trabalhadores estrangeiros cujo emprego na Europa é considerado essencial, também poderão ingressar no bloco, contanto que comprovem sua situação. 

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Veja abaixo a lista completa de 15 países autorizados a ingressar na UE:

Argélia, Austrália, Canadá, Geórgia, Japão, Montenegro, Marrocos, Nova Zelândia, Ruanda, Sérvia, Coréia do Sul, Tailândia, Tunísia, Uruguai e China (desde que a China também se abra para os viajantes do bloco). 

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