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Brasil pede cooperação financeira de ricos para desenvolvimento sustentável

Por Da Redação
15 jun 2012, 14h39

Rio de Janeiro, 15 jun (EFE).- O chefe da delegação brasileira nas negociações da Rio+20, André Correa do Lago, solicitou nesta sexta-feira aos países ricos que aceitem o aumento da ajuda ao desenvolvimento sustentável diante das divergências que impedem um acordo sobre o documento a ser apresentado na cúpula da próxima semana.

O prazo dos negociadores de cerca de 180 países reunidos desde a última quarta no Rio de Janeiro para refinar o documento ‘O futuro que queremos’, principal resultado da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, termina hoje. No entanto, as divergências em vários assuntos, especialmente financeiros, impedem um acordo.

Em meio às discussões, os representantes da China e do G77, grupo que reúne 130 países em desenvolvimento chegaram a se retirar de um dos grupos de trabalho na noite da última quinta diante da recusa dos países desenvolvidos em se comprometer com novos recursos para financiar o desenvolvimento sustentável.

O G77 e a China, que negociam em conjunto, propuseram a criação de um fundo de US$ 30 bilhões ao ano para financiar os projetos aprovados na Rio+20, mas a proposta foi rejeitada por alguns países ricos afetados pela crise econômica.

‘Os países em desenvolvimento pedem esse apoio há 40 anos. Muitas coisas não foram realizadas porque faltaram recursos financeiros e tecnológicos’, disse o chefe da delegação brasileira em uma das sessões. Segundo Lago, os países em desenvolvimento poderiam realizar mais ações se contassem com a cooperação e recursos dos desenvolvidos.

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Um dos aspectos do documento de maior divergência são as chamadas ‘medidas de implementação’, ou seja, os recursos financeiros necessários para garantir o cumprimento do acordo, além de outras ferramentas como a transferência de tecnologia e a capacitação de mão de obra nos países em desenvolvimento.

Apesar das diferenças entre as partes, Lago considera que ainda há margem de negociação e tempo para chegar a um acordo.

Como anfitrião do evento, o Brasil assumirá a Presidência da Conferência na noite de hoje, quando termina o prazo das negociações. No entanto, o país considera que poderá alcançar novos acordos até a próxima quarta-feira, quando a Cúpula será inaugurada com a participação de cerca de 130 chefes de Estado e de Governo.

A ONG Oxfam solicitou nesta sexta ao Governo brasileiro que, perante o ‘ponto morto da conversas’, assuma a liderança para salvar a Conferência de um possível fracasso, como advertiram vários governantes e organizações internacionais.

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‘O Brasil ficará responsável pela Presidência das conversas, e com isto, vai dirigir a Conferência e definir os resultados que darão a forma ao nosso desenvolvimento futuro’, disse a organização em comunicado.

Dessa forma, a ONG considera necessário que o Brasil convença outros países a assumir compromissos que respondam à urgência dos atuais desafios do planeta.

‘O Brasil demonstrou sua liderança ao combater a pobreza e a desigualdade no país, apesar de ainda enfrentar desigualdades e os desafios da sustentabilidade. Chegou o momento para o país demonstrar sua liderança em nível internacional’, destacou Stephen Hale, um dos dirigentes da Oxfam, citado no comunicado. EFE

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