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Brasil e Índia, unidos pelo comércio e para reformar a governança global

Por Por Ana Fernández
30 mar 2012, 12h50

Brasil e Índia destacaram nesta sexta-feira que compartilham muitos objetivos, tanto na agenda bilateral para aumentar o comércio e os investimentos, como na internacional, para promover uma reforma do sistema de governança global, em particular na ONU.

O primeiro-ministro indiano, Manmohan Sigh, destacou ao final de um encontro com a presidente brasileira, Dilma Rousseff, o “profundo nível de convergência” entre ambos os países.

Dilma realiza uma visita de Estado à Índia depois de ter participado na véspera da IV Cúpula de líderes dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), realizada na quinta-feira em Nova Délhi.

Ambos os mandatários deixaram claro que as potências emergentes devem desempenhar um papel muito mais relevante na nova ordem internacional.

“Vamos aumentar nossas consultas sobre a reforma do sistema de governança mundial, particularmente no contexto das reformas das Nações Unidas e no âmbito do G20”, com especial ênfase na reorganização do Conselho de Segurança das Nações Unidas, no qual aspiram ter um assento permanente, disse Singh.

Já a presidente brasileira ressaltou que a crise pôs em evidência a “profunda transformação” que o mundo atravessa e a “importância dos chamados países emergentes e dos Brics, e de Brasil e Índia, em particular”.

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Esta transformação também mudou os “fluxos de comércio e investimentos internacionais”, de modo que “as relações entre nós, não são apenas vantajosas e produtivas, como também representam uma importante fonte de dinamismo para a economia internacional”, afirmou.

Por isso, a presidente brasileira está empenhada em fomentar o comércio bilateral com a Índia, para que passe dos 9,2 bilhões de dólares do ano passado para os 15 bilhões em 2015, e em ampliar as áreas de cooperação entre os dois países.

Acompanhada de 150 empresários brasileiros, que participaram do “Seminário empresarial Índia-Brasil: uma nova fronteira para oportunidade de negócios”, a presidente brasileira apontou uma série de setores nos quais é possível esta cooperação: defesa, biocombustíveis, farmácia, meio ambiente e políticas sociais.

Em defesa, Dilma citou a associação da fabricante aeronáutica Embraer com a Defense Research and Development Organisation (DRDO) da Índia para equipar uma aeronave com sistemas de radar desenvolvidos no país asiático, como “um exemplo que devemos seguir e perseguir”, disse.

A presidente disse que a experiência brasileira também pode ser muito útil à Índia no campo do agronegócio, em particular na cadeia de processamento de alimentos, como a conservação, e a Índia ao Brasil, no âmbito farmacêutico, onde poderia ajudar a construir um sistema de saúde universal de qualidade para os brasileiros.

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Dilma, que pediu que o encontro de empresários se “institucionalize”, também defendeu a criação de empresas conjuntas tanto no Brasil como na Índia.

“A relação Índia-Brasil se inscreve neste momento, não como um desafio, e sim como uma oportunidade para seus povos”, lembrou a mandatária.

“Temos sido o motor da economia mundial e hoje sinto que chegou a hora: este é o nosso século”, lembrou, por sua vez, o ministro do Comércio e da Indústria da Índia, Anand Sharma, à presidente e aos empresários no encerramento deste primeiro encontro.

Durante esta primeira visita de Estado realizada por Dilma à Índia na qualidade de presidente, foram assinados seis convênios para facilitar os intercâmbios culturais, e as cooperações técnica, científica e tecnológica, biotecnológica, educativa, além da promoção da igualdade de gênero e dos direitos das mulheres e das crianças.

Dilma será recebida pela presidente indiana, Pratibha Patil, com um jantar no palácio presidencial, concluindo uma visita oficial que será mantida no sábado com uma visita ao Taj Mahal, o monumento mais emblemático e belo da Índia, situado em Agra.

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