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Brasil e 11 países formam grupo da OEA sobre conflito na Nicarágua

Denis Moncada, chanceler nicaraguense rechaça visita do novo grupo a seu país e acusa organização de ingerência em assuntos internos

Por Da Redação
Atualizado em 10 ago 2018, 07h32 - Publicado em 9 ago 2018, 21h55

O Brasil e 11 países da Organização de Estados Americanos (OEA) integram grupo de trabalho para a Nicarágua, que a partir desta quinta (9) deverá promover o debate entre o governo e a oposição no país e encontrar soluções para os mais sangrentos conflitos no país desde os anos 1980.

A Nicarágua vive uma violenta crise política desde 18 de abril, quando protestos contra a reforma na Previdência foram duramente reprimidos. Os movimentos passaram a pedir a renúncia do presidente do país, Daniel Ortega. Nos confrontos, 317 pessoas morreram, de acordo com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). O governo de Ortega reconhece  197 mortes, enquanto outras organizações humanitárias contabilizam 448 vítimas.

A criação do grupo de trabalho foi aprovada no último dia 2, com a aprovação de uma resolução mediante uma resolução por 20 dos 34 países da OEA. Em sessão do Conselho Permanente da OEA, a presidente da instituição, Rita María Hernández, embaixadora da Costa Rica, confirmou a composição do grupo de trabalho por Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Guiana, México, Panamá e Peru.

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Durante a sessão, o ministro das Relações Exteriores da Nicarágua, Denis Moncada, reiterou sua oposição a uma visitar do grupo de trabalho a seu país e acusou a OEA de interferir em assuntos internos. Moncada disse que a visita não ocorrerá sem o consentimento do presidente nicaraguense, Daniel Ortega.

“A Nicarágua rejeita e condena esta ação desrespeitosa de um grupo de países deste Conselho ao tentar constituir-se em uma autoridade estrangeira, interferindo nos assuntos internos que competem exclusivamente aos nicaraguenses”, ressaltou Moncada.

Outra missão do grupo de trabalho será respaldar o diálogo nacional na Nicarágua, que começou em maio, com a mediação da Igreja Católica, e não progrediu. A Igreja propôs a antecipação das eleições presidenciais em dois anos, para 2019. O cardeal nicaraguense Leopoldo Brenes afirmou hoje que a Igreja está fazendo esforços para retomar o diálogo.

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Moncada disse hoje que o governo entende o diálogo como “uma via de solução” e explicou que está sendo debatido se os fiadores do processo devem continuar sendo os bispos ou a Sica, bloco econômico centro-americano que, em tese, seria mais  favorável a Ortega.

“Essa é a questão: como recomeçar o diálogo na Nicarágua, como refazer a mediação, já que alguns setores da Igreja e alguns bispos expressaram muito parcialmente a sua opinião com a parte opositora e os grupos opositores”, considerou Moncada.

(Com EFE)

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