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Brasil condena impeachment de Lugo e chama embaixador no Paraguai

Por Da Redação
23 jun 2012, 22h25

Rio de Janeiro, 23 jun (EFE).- O Governo brasileiro condenou neste sábado o impeachment do presidente do Paraguai, Fernando Lugo; convocou para consultas seu embaixador em Assunção, e anunciou que avalia junto com seus parceiros do Mercosul e da Unasul as medidas contra a ‘ruptura da ordem democrática’ no país vizinho.

‘O Governo brasileiro condena o rito sumário de cassação do líder do Paraguai, no qual não foi devidamente garantido o amplo direito de defesa’, segundo um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores.

‘O Brasil considera que o procedimento adotado (pelo Congresso paraguaio) compromete o pilar fundamental da democracia, condição essencial para a integração regional’, acrescenta a nota.

A posição brasileira perante o novo Governo do Paraguai após a destituição de Lugo foi anunciada depois da reunião mantida hoje entre a presidente Dilma Rousseff, seus ministros das Relações Exteriores, Minas e Energia, e Defesa e o presidente da hidroelétrica Itaipu, que o Brasil compartilha com o país vizinho.

Segundo a Chancelaria, o Brasil estuda com seus parceiros do Mercosul e da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) as medidas que serão impostas ‘como consequência da ruptura da ordem democrático’ no Paraguai ‘à luz dos compromissos no âmbito regional com a democracia’.

Os dois mecanismos de integração contam com ‘cláusulas democráticas’ que preveem sanções e até a suspensão de países nos quais aconteça uma ruptura constitucional.

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O Brasil esclareceu, no entanto, que não adotará nenhuma medida que possa prejudicar a população paraguaia.

‘O Brasil reafirma que a democracia foi conquistada com esforço e sacrifício pelos países da região e que deve ser defendida sem vacilação’, segundo o comunicado.

A nota acrescenta que o embaixador do Brasil em Assunção foi convocado a Brasília para consultas.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, tinha dito na manhã deste sábado, após chegar ao país procedente de Assunção, que o Brasil se pronunciaria sobre a situação no Paraguai após consultas com os demais países da Unasul, com a intenção de adotar uma posição comum.

O Governo terminou manifestando sua condenação à cassação de Lugo após a reunião de Dilma com Patriota e com os ministros da Defesa, Celso Amorim; e de Minas e Energia, Edison Lobão; assim como com o presidente de Itaipu, Jorge Samek.

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O Brasil compartilha com o Paraguai a hidroelétrica de Itaipu, a segunda maior do mundo, mas a maior parte da energia gerada pela unidade atende cerca de 20% da demanda brasileira.

Na reunião com a presidente, de quase duas horas, Patriota relatou as conversas que teve em Assunção com diferentes autoridades como membro da comissão de chanceleres enviada na quinta-feira pela Unasul ao Paraguai.

Em declarações ao portal de notícias ‘G1’ na manhã deste sábado, Patriota tinha antecipado que o Brasil pode adotar diferentes medidas frente ao Paraguai.

‘Há várias formas de se manifestar, desde o não convite às autoridades que tomaram o poder no Paraguai a participar de cúpulas até o esfriamento dos contatos em diferentes níveis’, explicou o ministro. EFE

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