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Boris Johnson é convocado pela Justiça por ‘mentiras’ sobre o Brexit

Defensor fervoroso de saída da União Europeia, político conservador é acusado de usar argumentos falsos na campanha de 2016 sobre repasses ao bloco

Por Da Redação
Atualizado em 29 Maio 2019, 13h33 - Publicado em 29 Maio 2019, 12h11

Um tribunal de Londres decidiu convocar o ex-ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, para testemunhar sobre as acusações de ter mentido deliberadamente durante a campanha do referendo de 2016 sobre o a saída britânica da União Europeia. Membro do Partido Conservador de Theresa May, Johnson é cotado como o favorito para substituir a primeira-ministra no cargo depois de sua renúncia no próximo dia 7 de junho.

A intimação da Justiça britânica contra o parlamentar foi o resultado de iniciativa do empresário Marcus Ball, de 29 anos. Com financiamento coletivo, ele conseguiu abrir uma sindicância particular contra o ex-chanceler por ter usado argumentos falsos durante a campanha pró-Brexit para o referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia.

Johanson teria mentido deliberadamente em 2016, quando era prefeito de Londres, ao afirmar que o Reino Unido pagava semanalmente 350 milhões de libras – mais de 1,7 bilhão de reais – à União Europeia. Esse era um de seus principais bordões em defesa do Brexit.

A equipe jurídica contratada por Ball, que acusa o conservador de “má conduta em um cargo público”, levantou mais de 400.000 libras para financiar o processo jurídico, agora sob os cuidados da juíza distrital Margot Coleman.

Johnson, cuja campanha a favor do referendo foi considerada decisiva para a vitória do Brexit, com  52% de aprovação, deverá comparecer ao tribunal para uma audiência preliminar, em data ainda não anunciada, que determinará se o caso irá a julgamento.

“O Reino Unido nunca enviou ou deu 350 milhões de libras por semana para a União Europeia”, afirmou um dos advogados de Ball, Lewis Power, ao defender o caso no tribunal londrino de Westminster Magistrate.

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“Johnson sabia que a informação era falsa e, no entanto, optou por repeti-la várias vezes. A democracia exige uma liderança responsável e honesta por parte das pessoas que ocupam funções públicas”, completou, alfinetando as pretensões políticas do ex-chanceler.

O parlamentar nega as acusações. Seu advogado, Adrian Darbishire, afirmou que a acusação é inadequada e uma “manobra política”. Johnson concorre com outros 10 candidatos já declarados para substituir May na liderança do Partido Conservador e na chefia do Governo.

(Com Estadão Conteúdo)

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