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Bombardeios prosseguem na Síria; governo nega ter usado tanques em Treimsa

Por Da Redação
15 jul 2012, 11h06

O governo sírio negou neste domingo que tenha ocorrido um massacre em Treimsa (centro), onde na quinta-feira morreram ao menos 150 pessoas, segundo opositores, num momento em que observadores da ONU previam voltar a esta localidade e que o exército seguia bombardeando bastiões rebeldes.

As tropas do exército sírio não utilizaram helicópteros nem artilharia pesada na operação sangrenta de quinta-feira em Treimsa, afirmou neste domingo o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Jihad Makdesi, que negou que tivesse ocorrido um “massacre”.

O exército “utilizou transportes de tropas do tipo BMB, armas leves, lança-foguetes. Não recorreu a aviões, nem a tanques, nem a helicópteros e nem a artilharia”, disse Makdesi em uma coletiva de imprensa.

“Falar de recurso à artilharia pesada carece completamente de fundamento”, insistiu.

Em uma nota dirigida ao Conselho de Segurança da ONU, o mediador Kofi Annan denunciou o uso em Treimsa “de artilharia, de tanques e de helicópteros”, confirmado pelos observadores das Nações Unidas, e considerou que se tratava de uma violação do plano de paz oficialmente aceito por Damasco.

“A carta de Kofi Annan foi muito precipitada e não se baseia nos fatos”, disse Makdesi.

Segundo ele, “não ocorreu um massacre. O que aconteceu (é que) ocorreram combates com grupos armados que ignoraram o plano (do emissário internacional) Kofi Annan para resolver a crise na Síria”.

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“Grupos terroristas atacaram a aldeia e instalaram sedes de comando, aterrorizaram e torturaram os habitantes”, disse.

“Não foi um ataque do exército contra civis, mas combates entre o exército regular e grupos armados”, insistiu.

A oposição e alguns países classificaram de “massacre” o ocorrido em Treimsa. No sábado, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, falou de “tentativa de genocídio”.

A missão de observação da ONU na Síria havia indicado no sábado que o ataque do exército sírio em Treimsa “parecia dirigido contra grupos e casas específicas, em sua maioria de desertores e militantes”.

Segundo o opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), com sede em Londres, mais de 150 pessoas, entre elas dezenas de rebeldes, morreram na quinta-feira em Treimsa.

A violência deixou neste domingo pelo menos 15 mortos, após os 115 falecidos, entre eles 50 civis, de sábado, segundo o OSDH.

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Por sua vez, bombardeios intensos por quase seis horas na noite de sábado foram ouvidos cerca de 30 km a oeste de Aleppo, a grande cidade do norte da Síria, constatou um jornalista da AFP.

Neste domingo, a opositora Comissão Geral da Revolução Síria indicou que quatro pessoas morreram em Aleppo perto de uma escola, vítimas de disparos de obuses.

No campo diplomático, o presidente russo Vladimir Putin se reunirá na terça-feira em Moscou com Annan com a esperança de dar um impulso ao plano de paz para resolver a crise no país, anunciou neste domingo o Kremlin. “A Rússia ressaltará seu apoio ao plano de paz de Kofi Annan”, acrescentou.

Também está previsto que o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, viaje na próxima semana à China, que, junto com a Rússia, bloqueia qualquer resolução do Conselho de Segurança da ONU contra o regime sírio de Bashar al-Assad.

Desde o início da revolta contra o regime de Assad, em março de 2011, mais de 17 mil pessoas morreram no país, segundo os observadores e as organizações não governamentais, em um conflito que está se convertendo em uma guerra civil.

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