Bombardeio do Exército sírio mata ao menos 50 em Homs
EUA decidem fechar embaixada em Damasco devido à falta de segurança
O Exército do ditador sírio, Bashar Assad, realizou um intenso bombardeio nesta segunda-feira na cidade central de Homs, onde pelo menos 50 pessoas morreram, informou a Comissão Geral da Revolução Síria. Segundo o grupo opositor, as forças armadas estão atacando os bairros de Bab Amro, Al Bayada, Jalidiya e Al Waer com artilharia e bombas.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança do ditador, que já mataram mais de 5.000 pessoas no país, de acordo com a ONU, que vai investigar denúncias de crimes contra a humanidade no país.
- • Tentando escapar dos confrontos, milhares de sírios cruzaram a fronteira e foram buscar refúgio na vizinha Turquia.
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Por enquanto, Bab Amro é o bairro mais afetado com pelo menos sete mortos pelo bombardeio, que atingiu um hospital de campanha. Ali, chegaram reforços militares com 50 blindados do Exército e 50 veículos de outros tipos. A Comissão ressaltou que o bombardeio é tão forte que é ouvido em aldeias próximas.
Dentro da cidade, nas mesquitas se divulgam apelos para que os cidadãos abandonem os andares mais altos das casas, acrescentou a fonte.
Diplomacia – Também nesta segunda-feira, os Estados Unidos decidiram fechar sua embaixada em Damasco porque consideram que as autoridades do país são incapazes de garantir a segurança da missão diplomática. Segundo uma fonte oficial síria que pediu anonimato, hoje é o último dia de trabalho na embaixada, onde os funcionários estão recolhendo os seus pertences.
“Damasco é simplesmente pequena demais para cercar todas as embaixadas que pedem proteção”, disse a fonte. Por enquanto, Washington não confirmou nem desmentiu o fechamento de sua embaixada, mas o governo americano já havia advertido a Síria de que fecharia sua embaixada se o regime de Assad não adotasse medidas adicionais de segurança para sua equipe diplomática.
Os EUA não são o único país preocupado com a segurança de sua embaixada. Diplomatas italianos, franceses e britânicos se reuniram com as autoridades sírias nas últimas semanas para expressar seus temores.
Contexto – O fechamento da embaixada americana acontece um dia após os Estados Unidos ameaçarem novas sanções ao regime de Assad devido ao veto que Rússia e China impuseram a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU com o objetivo de resolver a crise no país.
(Com agência EFE)