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Bombardeio de coalizão mata 20 civis na Síria, diz ONG

Tropas das Forças Democráticas Sírias (FDS), que avançam até Raqqa, capital do EI na Síria, negaram as perdas civis

Por Da redação
9 nov 2016, 22h03

As forças apoiadas pelos Estados Unidos intensificaram nesta quarta-feira suas ofensivas nos redutos do grupo Estado Islâmico (EI) na Síria. Um bombardeio da coalizão liderada pelos EUA deixou deixou 20 civis mortos, entre eles duas crianças, e 32 feridos no povoado de Al Heisha a 40 km ao norte de Raqqa, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Tropas curdo-árabes das Forças Democráticas Sírias (FDS), que prosseguem sua ofensiva rumo a Raqqa, considerada a capital de fato dos extremistas na Síria, negaram as perdas civis. “Isto não aconteceu e muitas destas denúncias são notícias do EI”, disse uma de suas porta-vozes, Jihan Sheij Ahmed. Segundo a aliança, o ataque em Al Heisha matou pelo menos seis combatentes dos extremistas, aos quais acusou de reter civis para usá-los como “escudos humanos”.

O coronel John Dorrian, um porta-voz da coalizão liderada pelos Estados Unidos, confirmou que foram realizados bombardeios na região de Al Heisha. “No entanto, é necessária mais informação específica para determinar de forma conclusiva a responsabilidade” das perdas civis, acrescentou.

Fuga

“Os combatentes do Daesh (acrônimo em árabe para EI) trouxeram armas pesadas ao nosso povo e ficaram entre nós para que os possíveis bombardeios nos atingissem”, afirmou Saada al Abud, um homem de 45 anos que fugiu de Al Heisha. “Não nos queriam deixar ir. Tivemos que fugir correndo pelo campo, com nossos filhos e nossos velhos. O que mais podíamos fazer? Deixamos tudo para trás”, acrescentou.

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Segundo o OSDH, o balanço de civis mortos desde setembro de 2014 na Síria pelos bombardeios da coalizão internacional é de 680, entre eles 169 crianças.

Em outras regiões da Síria, disparos rebeldes mataram oito civis, vários deles estudantes, nos bairros pró-governamentais de Alepo (norte), segundo o OSDH. Além disso, em um povoado da província de Idlib, controlado pelos rebeldes, oito pessoas morreram, entre eles cinco crianças, em bombardeios.

Redutos sob ataque

As FDS lançaram sua ofensiva para Raqqa no sábado, três semanas depois que as forças iraquianas lançaram seu ataque a Mosul. As duas cidades são os dois últimos bastiões do EI no Iraque e na Síria, depois que os extremistas perderam grande parte dos territórios que tinham conquistado nos dois países, desde meados de 2014.

A coalizão anti-extremista, que começou sua campanha aérea contra o EI em 2014, espera que as retomadas de Mosul e Raqqa acertem um golpe definitivo no grupo extremista.

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Estima-se que haja mais de um milhão de civis presos em Mosul e a Organização para as Migrações (OIM) indicou nesta quarta-feira que perto de 42.000 pessoas abandonaram suas casas na cidade iraquiana.

Em Raqqa, que tinha uma população de quase 240.000 habitantes antes da guerra síria, fugiram 80.000 pessoas desde 2012.

Os civis que fugiram destes redutos extremistas contaram algumas das atrocidades cometidas pelo EI, como os apedrejamentos, as decapitações e o comércio de escravas sexuais. Após a tomada de Hamam al Alil esta semana, as forças iraquianas anunciaram a descoberta de cem corpos decapitados em uma vala comum.

(Com AFP)

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