Bomba explode perto de igreja em Roma antes da visita de Hollande
Atentado não teve relação com visita do presidente francês, informa a polícia italiana. Hollande está em Roma para um encontro com o papa Francisco

A visita do presidente francês, François Hollande, nesta sexta-feira, ao Papa coincidiu com a explosão de uma bomba caseira perto de uma igreja francesa em Roma, sem relação com a sua presença no país, segundo a polícia, e uma falsa ameaça de bomba no Vaticano. A explosão da bomba artesanal, por volta das 1h30 do horário local (23h30 de quinta-feira no horário de Brasília), causou estragos materiais, “quebrando a janela de um edifício e danificando três carros estacionados” em Vicolo della Campana, uma pequena rua no centro histórico da capital italiana, indicou a polícia.
O artefato era uma bomba de fabricação caseira, indicou um policial entrevistado no local do incidente. Investigadores citados pela agência de notícias Ansa negaram qualquer ligação entre a explosão perto da igreja francesa de Saint Yves des Bretons e a visita ao Vaticano do presidente francês. De acordo com a polícia, “o posicionamento da bomba não confirmou que era destinado para atingir a igreja”. Anteriormente, a secretaria do embaixador da França no Vaticano informara que “uma das hipóteses levantadas é que a bomba esteja vinculada com a visita do presidente da República”.
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Mesmo sem ter relação com a visita do chefe de Estado francês, as medidas de segurança foram reforçadas para a visita de Hollande. Os policiais relataram na manhã desta sexta-feira uma falsa ameaça de bombas nas proximidades da Praça de São Pedro. “Recebemos uma chamada pelo 112 [número de emergência na Itália], patrulhas foram realizadas no Vaticano, mas a polícia não encontrou nada”, um porta-voz da polícia.
O porta-voz do Vaticano, o padre Ciro Benedettini, declarou que “um telefonema anônimo foi recebido às 8h30 do horário local (10h30 de Brasília)” pela polícia italiana sobre “duas bombas” na Praça São Pedro. “A polícia não encontrou nada”, disse o padre Ciro, salientando que a cada visita de um chefe de Estado, a praça passa por um controle da polícia do Vaticano.
Encontro – Hollande manteve uma reunião a portas fechadas durante 35 minutos com o papa Francisco, na qual reiterou ao sumo pontífice que “defende em todos os lados a liberdade religiosa”. O presidente francês aproveitou para pedir ao Vaticano que receba a oposição síria, dentro das negociações de paz depois de três anos de conflito na Síria. “Manifestei o desejo de que o Vaticano receba a Coalizão Nacional Síria”, declarou Hollande ao final da audiência privada com o papa Francisco.
O Vaticano foi convidado a participar na conferência de Genebra sobre a Síria e há dez dias celebrou uma série de reuniões com especialistas católicos, que recomendaram envolver as comunidades de todas as religiões presentes no país no processo de paz, assim como representantes de todos os países da região, incluindo o Irã.
(Com agência France-Presse)