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Bolsonaro: acusação de golpe contra ex-presidente da Bolívia é ‘descabida’

Jeanine Áñez é acusada de golpe de estado contra Evo Morales; Brasil foi o primeiro país a reconhecer governo interino da ex-presidente de direita

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 mar 2021, 21h22 - Publicado em 16 mar 2021, 14h39

O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta terça-feira, 16, a prisão da ex-presidente interina da Bolívia Jeanine Áñez, durante reunião virtual do Fórum para o Progresso da América do Sul (Prosul). Segundo o brasileiro, a alegação de que ela participou de um golpe de Estado contra o então presidente Evo Morales em 2019 é “totalmente descabida”.

“Antes de tratarmos da temática econômica, cumpre recordar que a defesa e promoção da democracia é um dos princípios basilares do Prosul”, disse Bolsonaro. Nesse sentido, nos preocupam os acontecimentos em curso na Bolívia, nosso vizinho e país irmão, onde a ex-presidente Jeanine Áñez e outras autoridades foram presas sob alegação em participação em golpe, que nos parece totalmente descabida”.

Em sua fala inicial no evento virtual, Bolsonaro disse ainda esperar que a Bolívia “mantenha em plena vigência o estado de direito e a convivência democrática”.

Jeanine Áñez foi presa no sábado 13, acusada de ter conspirado pela renúncia do ex-presidente Evo Morales em 2019. No domingo ela foi condenada a quatro meses de prisão preventiva. Outros cinco ex-ministros de Áñez também foram detidos, e o governo do Peru informou que a ex-ministra Roxana Lizárraga solicitou asilo.

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Advogada e ex-apresentadora de televisão, Áñez deixou o governo em novembro, após a vitória de Luis Arce, ex-ministro da Economia de Evo, nas eleições presidenciais.

Em nota, o Ministério de Relações Exteriores reforçou a posição de Bolsonaro e relembrou que o governo brasileiro foi o primeiro a apoiar a formação de um governo provisório por Jeanine Áñez. O Itamaraty ainda descartou as acusações de aliados de Morales de que ele foi vítima de um golpe de Estado, afirmando que a renúncia do ex-presidente “foi motivada pela reação popular à tentativa de fraude eleitoral detectada pelas missões de observação da OEA e da UE”.

“A posse da Presidente Áñez se deu de maneira constitucional, reconhecida pelas instituições bolivianas e em conformidade com o Artigo 1 do Protocolo de Ushuaia. Recorde-se, também, que o governo da Presidente Jeanine Áñez convocou e realizou eleições livres e transferiu pacificamente o poder ao Presidente Luiz Arce”, diz a nota.

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As acusações

Áñez é acusada de terrorismo, sedição e conspiração para a renúncia de Evo Morales. Segundo o Ministério Público, ela participou do plano para executar um “golpe de Estado” contra o ex-presidente, que renunciou em novembro de 2019 em meio a grandes distúrbios sociais após a sua reeleição.

Os opositores de direita e centro denunciaram na época que Morales havia cometido fraudes na eleição. Diante de enormes protestos populares, as Forças Armadas pediram para que Morales deixasse o cargo, o que fez o então presidente a renunciar e seguir para o exílio no México (e depois para a Argentina).

Áñez foi presidente interina do país após a renúncia de Evo em 2019. Sua administração durou 11 meses e envolveu a prisão de alguns políticos do governo anterior.

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