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Bolivianos vão às urnas para tentar encerrar ciclo de instabilidade

Horas antes de votação, tribunal suspende contagem rápida e adia divulgação de resultado da eleição para evitar novas fraudes

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 out 2020, 09h15

Quase um ano após as caóticas eleições de 2019, a Bolívia volta às urnas neste domingo, 18, para escolher seu novo presidente. O cenário é incerto, mas as principais pesquisas sugerem um segundo turno entre o candidato do partido de Evo Morales, MAS (Movimento ao Socialismo), Luis Arce, e seu principal rival, o ex-presidente Carlos Mesa.

Apenas algumas horas antes da votação, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) suspendeu o sistema que pretendia atualizar a contagem de votos de maneira mais ágil e com informes dos resultados parciais. O órgão informou ainda, que a medida foi aprovada pelos observadores internacionais.

O sistema havia sido questionado no ano passado por levantar incertezas sobre o resultado e por ter sido interrompido quando a contagem já estava em mais de 80% dos votos. O tribunal alegou que somente haverá a contagem voto-a-voto. Com isso, não será possível divulgar os resultados ainda na noite deste domingo.

As eleições presidenciais e legislativas deste ano, que foram adiadas três vezes devido à pandemia, substituem as acirradas eleições de outubro de 2019, que geraram protestos que levaram à renúncia de Evo Morales.

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O ex-presidente foi acusado de fraude depois que a contagem rápida dos votos foi suspensa no momento em que a apuração apontava para um segundo turno entre Evo e Mesa. O órgão eleitoral só voltou a contar no dia seguinte, com outro método, que deu vitória em primeiro turno ao então presidente. Morales ainda concorria ao cargo contra a Constituição boliviana e um referendo popular, que não lhe deu direito a um quarto mandato.

Diante dos protestos que questionaram o resultado, as Forças Armadas exigiram a renúncia de Evo. O ex-presidente e seus apoiadores classificam o desfecho como “golpe militar”, enquanto a oposição apoiou a decisão. A violência deu o tom das semanas seguintes, e os confrontos entre militares e manifestantes pró-Evo deixaram mais de 30 mortos.

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Neste ano, a capital La Paz foi militarizada já na noite de sábado e um toque de recolher foi aplicado por todo o país. Também está em vigor a lei seca, que impede a venda e o consumo de bebidas alcoólicas.

Após deixar o poder, Evo se asilou no México e, em seguida, na Argentina, onde vive até hoje. O ex-presidente tentou concorrer nestas eleições como senador, mas a Justiça eleitoral barrou sua candidatura.

A presidência boliviana foi assumida de forma interina desde novembro do ano passado pela então segunda vice-presidente do Senado, a opositora Jeanine Áñez. A advogada desistiu de concorrer ao cargo maior em setembro e pediu união contra a candidatura de Arce.

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