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Blogueiro egípcio é condenado a 5 anos de prisão

Alaa Abdel-Fattah foi um dos principais nomes da revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak. Depois, ele passou a criticar outros governantes

Por Da Redação
23 fev 2015, 15h37

Um tribunal egípcio sentenciou nesta segunda-feira Alaa Abdel-Fattah, ícone das manifestações de 2011 no país, a cinco anos de prisão em uma instituição de segurança máxima. O blogueiro já havia sido condenado a 15 anos de reclusão em junho de 2014, por organizar um protesto não autorizado pelo governo e por atacar um oficial da polícia, mas um novo julgamento foi solicitado.

O Tribunal do Cairo, que condenou outras dezenove pessoas pelo mesmo crime, também impôs a Abdul Fatah uma multa de 100.000 libras egípcias, o equivalente a quase 100.000 reais. Abdel-Fattah foi acusado de organizar uma manifestação no dia 26 de novembro de 2013, descumprindo uma lei colocada em vigor após a queda do presidente islâmico democraticamente eleito Mohamed Morsi. A lei proíbe a realização de protestos sem autorização prévia do governo. Abdel-Fattah é um dos rostos mais conhecidos da revolução de 2011 e um blogueiro bastante ativo e influente no país. Fez campanha contra o julgamento militar de civis durante os dezessete meses em que generais governaram o Egito após a queda de Hosni Mubarak e também se opôs ao presidente Morsi.

O advogado de defesa, Mohammed Abdel-Aziz, disse que o veredicto foi “duro e opressivo”. O tribunal “não levou em consideração qualquer uma das evidências que mostraram a inocência dos réus”, disse. Ele afirmou também que irá recorrer a mais alta instância de apelação do país. Após a leitura do veredito, apoiadores da causa de Abdel-Fattah presentes no tribunal se manifestaram pedindo o fim do regime militar.

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Mona Seif, irmã de Abdel-Fattah e uma das organizadoras do protesto de 26 de novembro, negou que ele tenha esquematizado o evento. Disse que o blogueiro compareceu à manifestação, mas que o evento foi convocado por um grupo de pessoas que faziam campanha contra julgamentos militares para civis. O ativista, que também estava respondendo por uma acusação de roubo mais tarde retirada, já havia declarado que seu julgamento seria uma farsa, e como forma de protesto fazia uma “greve de fome parcial”, se alimentando somente de suco e outros líquidos. Ele foi um dos muitos militantes presos desde que o Exército derrubou o presidente Morsi em 2013.

A sentença foi anunciada um dia depois que o atual presidente egípcio, Abdel Fattah Sissi, prometeu libertar jovens presos erroneamente. Segundo declarou, o primeiro grupo de jovens seria libertado nos próximos dias.

(Com Estadão Conteúdo e agências Reuters e EFE)

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