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Bispos não são obrigados a relatar abuso infantil, diz Vaticano

Segundo um guia de instruções para bispos recém-nomeados, os clérigos não precisam comunicar as denúncias à polícia

Por Da Redação
10 fev 2016, 16h19

Um novo documento divulgado pelo Vaticano isenta os bispos da Igreja Católica da responsabilidade de reportar acusações de abuso de crianças por clérigos à polícia. Segundo o comunicado, os bispos devem se atentar às leis locais, mas sua única tarefa é comunicar os casos de abuso internamente, aos superiores dentro da Igreja.

“Não é necessariamente o dever dos bispos denunciar os suspeitos às autoridades, à polícia ou à promotoria local no momento em que ficam cientes dos crimes ou atos pecaminosos”, informa o documento de treinamento, destinado principalmente aos novos bispos.

As orientações foram escritas por um monsenhor e psicoterapeuta francês, Tony Anatrella, que também serve como consultor do Conselho Pontifício para a Família. O Vaticano divulgou publicamente o documento – que faz parte de um programa de formação para bispos recém-nomeados – em uma coletiva de imprensa no início deste mês.

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Embora reconheça que “a igreja tem sido particularmente afetada por crimes sexuais contra crianças”, o guia de treinamento enfatiza estatísticas que mostram que a grande maioria dos abusos sexuais contra menores são cometidos dentro da própria família ou por amigos e vizinhos, não outras figuras de autoridade.

O curso de treinamento para novos bispos começou em 2001 e foi frequentado por cerca de 30% dos bispos católicos no mundo. O novo guia de orientações escrito por Anatrella começou a ser usado em setembro do ano passado, no curso de formação anual organizado pela Congregação para os Bispos.

Desde o início de seu papado, o papa Francisco pediu que a Igreja Católica enfrentasse os abusos de menores ou adultos vulneráveis com “tolerância zero”, enfatizando que “tudo deve ser feito para livrar a igreja da praga do abuso sexual”.

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(Da redação)

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