
O Banco Mundial (Bird) prevê uma queda sem precedentes de 6,1% do volume do comércio mundial de bens e serviços em 2009, afetado sobretudo por uma contração ainda mais drástica dos intercâmbios de produtos manufaturados. Neste sentido, o presidente do Bird, o americano Robert Zoellick, pediu aos líderes do G20 que se reunirão na quinta-feira em Londres o apoio à criação de um fundo de 50 bilhões de dólares para estimular o comércio.
Em seu novo relatório Perspectivas Econômicas Mundiais, divulgado nesta terça-feira, a instituição prevê que a economia mundial entrará pela primeira vez em recessão desde a II Guerra, com contração média de 1,7% em 2009. Nos países em desenvolvimento, o crescimento deve registrar uma forte desaceleração, mas seguirá positivo, a 2,1% contra 5,8% em 2008, anunciou o Bird, que se declarou muito inquieto com as consequências sociais e humanas da crises nestes países.
Outra previsão negativa partiu da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reduziu sua previsão para a economia mundial nesta terça-feira, prevendo agora uma contração de 4,3% em 2009, ante estimativa anterior de queda de 0,4%. “A economia mundial está no meio de sua mais forte e mais sincronizada recessão da história, causada pela crise financeira global e aprofundada pelo colapso do comércio mundial”, afirmou a organização.
“Acreditamos que a atual contração da atividade econômica vai piorar neste ano, antes da recuperação induzida por políticas gradualmente tome forma ao longo de 2010”, afirma documento da OCDE. O economista-chefe da OCDE, Klaus Schmidt-Hebbel, disse que o desemprego nos países do G7 deve praticamente dobrar, para 36 milhões de pessoas, enquanto na região da OCDE deve aumentar em 25 milhões até o fim de 2010.
(Com agências France-Presse e Reuters)