Biden pede que apoiadores não viajem à cerimônia de posse
Diferentemente de outros anos, evento terá público limitado e testes de Covid-19 serão realizados em pessoas que ficarão perto do presidente eleito
O comitê organizador da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou na terça-feira 15 que a presença física do público durante a cerimônia de 20 de janeiro será “extremamente limitada” por causa da Covid-19 e pediu para que os apoiadores não sigam a Washington (DC), e que ao invés disso acompanhem o evento de suas casas.
“Em 20 de janeiro, o presidente eleito Biden e a vice-presidente eleita, Kamala Harris, prestarão juramento no Capitólio durante uma cerimônia histórica que incluirá protocolos muito rígidos de segurança e saúde”, anunciou o Comitê de Inauguração Presidencial (PIC) em comunicado. “A presença na cerimônia será extremamente limitada e o desfile em sequência será reinventado”, afirmou o comitê.
Tradicionalmente realizada na escadaria do Capitólio, milhares de americanos viajam à capital para acompanhar a posse presidencial a cada quatro anos.
Em janeiro de 2017, o evento desencadeou um dos primeiros conflitos entre Trump e a imprensa, que evidenciou o número de participantes, objetivamente menor do que na posse de Obama, ocorrida em 2009.
No entanto, a cerimônia de 2021 será realizada à sombra da pandemia, que já deixa mais de 300.000 mortos somente nos Estados Unidos. Ao todo, mais de 16,7 milhões de pessoas foram infectadas no país.
O PIC afirmou estar trabalhando para “garantir que a posse (…) honre e lembre as tradições sagradas americanas enquanto protege os americanos e evita a disseminação da Covid-19”.
Para que a posse ocorra de forma segura, uma equipe de profissionais foi contratada para produzir o evento e “estabelecer um programa inovador que dará aos americanos a possibilidade de participar com segurança da posse”.
Segundo a emissora CNN, a cerimônia será bem menor que o normal e todos que participarem terão que usar máscaras e respeitar o distanciamento social. Todos os presentes no palco onde discursará Biden, de 78 anos de idade, poderão ser testados para o vírus.
Maju Varghese, diretor-executivo do comitê, fez menção no Washington Post a “modelos que vimos durante a pandemia”, como as telas que os espectadores mostram durante os jogos de basquete ou a transmissão de eventos de vários ângulos.
Outra incógnita para o evento será a presença ou não de Donald Trump, que continua sem reconhecer a derrota. O presidente em fim de mandato também não confirmou se receberá Joe e Jill Biden em sua visita formal à Casa Branca como parte do processo de transição.