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Biden considera declarar estado de emergência climática nacional

Segundo o jornal The Washington Post, o presidente americano pretende agir depois de suas políticas climáticas e energéticas não passarem no Congresso

Por Matheus Deccache Atualizado em 19 jul 2022, 15h28 - Publicado em 19 jul 2022, 15h25

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está considerando declarar uma situação de emergência climática nacional ainda nesta semana, de acordo com o jornal americano The Washington Post, nesta terça-feira, 19.

A medida está sendo considerada depois que dois senadores do Partido Democrata pediram ao presidente que usasse a Lei de Produção de Defesa para aumentar a geração de uma ampla gama de produtos e sistemas de energia renovável, incluindo painéis solares. 

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Dias após fracassarem na tentativa de avançar com a legislação climática no Senado, os políticos Sheldon Whitehouse, de Rhode Island, e Jeff Merkley, do Oregon, também pediram a Biden que usasse do “púlpito ameaçador” da Casa Branca para chamar a atenção para as crises relacionadas ao clima nos Estados Unidos. 

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Na última sexta-feira, 15, o senador democrata da Virgínia Ocidental, Joe Manchin, disse que não apoiaria o financiamento de programas climáticos e de energia, nem aumentaria impostos para corporações e americanos ricos, colocando um fim nas negociações para salvar peças-chave da agenda doméstica do atual presidente. 

A decisão de Manchin, que mesmo sendo democrata tem tendências conservadoras e paralisou o pacote econômico de Biden em um Senado dividido, foi um golpe na tentativa de seu partido para aprovar uma rede de segurança social, um pacote de clima e um pacote tributário.

Nos últimos meses, os democratas reduziram as ambições do plano para conquistá-lo, esperando que ele concordasse em apoiar uma proposta mais moderada. Mas em uma reunião com o senador Chuck Schumer, líder da maioria no Senado, Manchin disse que só apoiaria um plano para reduzir o custo dos medicamentos e uma extensão de subsídios do sistema de saúde Affordable Care Act, que expiraria no fim do ano.

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Como os democratas controlam o Senado por uma maioria simples de 50 a 50 – a vice-presidente Kamala Harris tem o Voto de Minerva –, a decisão de Manchin é, essencialmente, um veto sobre o pacote de política doméstica. É muito provável que os democratas percam mais assentos nas eleições de meio de mandato em novembro (tanto no Senado quanto na Câmara), então o pacote era a última chance do partido aprovar altos investimentos, assim como mudar a legislação tributária.

O senador bateu o martelo poucos dias depois que um relatório mostrou que a inflação nos Estados Unidos subiu para 9,1% em junho. Mesmo assim, foi uma surpresa para seus colegas democratas, já que ele costumava se mostrar aberto a revisar o código tributário.

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A retirada do apoio foi particularmente devastadora para as políticas climáticas e energéticas. Sem ação do Congresso, será impossível cumprir a meta de Biden de reduzir as emissões dos Estados Unidos pela metade até 2030. Essa meta visava cumprir o Acordo de Paris, que recomenda manter o aquecimento do planeta abaixo do 1,5ºC em comparação com os níveis pré-industriais. A Terra já aqueceu cerca de 1,1ºC.

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