Biden anuncia fim de missão dos EUA no Afeganistão para 31 de agosto

Presidente dos EUA afirmou que as Forças Armadas afegãs têm a capacidade de repelir o Taliban

Por Da Redação 8 jul 2021, 23h21

Joe Biden discursa no Congresso americano - 28/04/2021 — Joe Biden, presidente dos EUA (Jim Watson/Getty Images)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, defendeu nesta quinta-feira, 8, de maneira firme a decisão de retirar as forças militares norte-americanas do Afeganistão. Ele disse que o povo afegão precisa decidir seu próprio futuro, ao invés de sacrificar mais uma geração de americanos em uma guerra invencível.

Em discurso realizado na Casa Branca, Biden afirmou que as Forças Armadas afegãs têm a capacidade de repelir o Taliban. Os avanços do grupo nas últimas semanas aumentaram os temores de que o país entre em uma guerra civil.

Biden estabeleceu a meta de 31 de agosto para a retirada final das forças norte-americanas, com exceção de 650 militares, que irão providenciar segurança para a embaixada dos EUA em Cabul.

Há muito um cético em relação à presença dos militares norte-americanos no país, que já dura 20 anos, Biden disse que os Estados Unidos haviam há muito tempo atingido seu objetivo original ao invadir o país em 2001: o de erradicar a militância da al-Qaeda e evitar um novo ataque aos Estados Unidos como o que aconteceu em 11 de setembro de 2001. O idealizador do ataque, Osama Bin Laden, foi morto por uma equipe militar norte-americana em 2011.

“Nós atingimos esses objetivos, foi por isso que fomos até lá. Não fomos ao Afeganistão para construir um país. E é o direito e a responsabilidade do povo afegão decidir seu futuro e como eles irão comandar o país”, disse.

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Biden pediu que os países da região ajudem a trazer algum tipo de acordo político entre as partes antagônicas. Segundo o democrata, o governo afegão deveria buscar um acordo com o Taliban que permitisse a coexistência pacífica entre os dois.

“A única maneira em que haverá paz e segurança no Afeganistão é se eles encontrarem um modo de viver com o Taliban (…) e a probabilidade de existir um governo unificado no Afeganistão controlando o país inteiro é muito pequena”, afirmou.

Com Agência Brasil