O vice-presidente americano, Joe Biden, agradeceu às forças americanas e iraquianas nesta quinta-feira por seus sacrifícios compartilhados, enfatizando que elas tornaram possível o fim da guerra no Iraque.
Mesmo com Biden falando no fim do conflito, 18 pessoas foram mortas neste mesmo dia nos ataques na província Diyala de religião mista, norte de Bagdá, 10 delas no bombardeio de um mercado na cidade de Khalis.
“Estamos reunidos aqui para agradecer às forças armadas do Iraque e dos Estados Unidos e para homenagear o sacrifício, o sucesso, bem como o compromisso de vocês”, declarou Biden na cerimônia realizada no palácio Al-Faw, o complexo de Victory Base, próximo à capital.
“Por causa de vocês e do trabalho que os militares fizeram, podemos agora terminar esta guerra”, afirmou Biden na cerimônia que contou com a presença do primeiro-ministro do Iraque Nuri al-Maliki, do presidente Jalal Talabani e do embaixador dos EUA, James Jeffrey.
“Todos vocês, que estão diante de mim hoje, construíram as bases para um padrão estratégico de longo prazo entre nossas nações e também para um Iraque que, contra todas as probabilidades, pode servir como fonte de estabilidade não só para sua população, mas aqui na região e nos próximos anos.
“Eu acredito que é justo dizer o que quase ninguém acreditava que era possível poucos anos atrás”, acrescentou.
Também compareceu à cerimônia desta quinta-feira, o general Lloyd Austin, mais alto comandante dos EUA no Iraque, vários diplomatas e soldados iraquianos e americanos. A violência declinou no Iraque desde seu ápice em 2006 e 2007, mas os ataques ainda são comuns. Duzentos e cinquenta e oito pessoas foram mortas, no total, em outubro, de acordo com autoridades.
O presidente Barack Obama anunciou em 21 de outubro que as tropas dos EUA deixariam o Iraque no fim de 2011, encerrando uma guerra de quase nove anos que deixou milhares de soldados dos EUA e do Iraque mortos e custou bilhões de dólares.
Cerca de 13.800 soldados dos EUA ainda estão no país e sete bases dos EUA ainda devem ser entregues, de acordo com o porta-voz do exército dos EUA, o major general Jeffrey Buchanan.