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Bersani propõe assumir formação de governo na Itália

Depois de conversar com líderes partidários, o presidente Giorgio Napolitano prometeu anunciar nesta sexta os próximos passos para solucionar impasse político no país

Por Da Redação
21 mar 2013, 20h19

O líder da centro-esqueda Pier Luigi Bersani, propôs nesta quinta-feira a formação de um novo governo sob seu comando. Após se reunir com o presidente italiano Giorgio Napolitano, o secretário-geral do Partido Democrata disse que “todas as forças no Parlamento” deveriam apoiar um governo que siga o programa de reformas apresentado pela centro-esquerda.

As reuniões entre o mandatário e líderes políticos visam encontrar uma solução para a situação de ingovernabilidade que se instalou no país depois da inconclusiva eleição de fevereiro, na qual a coalizão de centro-esquerda, de Bersani, foi a mais votada na Câmara Baixa, mas não obteve maioria no Senado, o que obriga à busca por uma aliança.

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Desde as eleições, Bersani vinha rejeitando qualquer acordo com a direita do ex-premiê Silvio Berlusconi, do partido Povo da Liberdade (PdL), que conseguiu a segunda maior bancada no Parlamento. No entanto, ao ser questionado sobre uma eventual aliança, Bersani sinalizou que pode mudar de opinião. “Sim, estamos apelando a todo o Parlamento para que apoie as mudanças necessárias”.

O dirigente acrescentou, no entanto, que é a centro-direita que até agora rejeita as propostas do seu partido a respeito de questões como o combate à corrupção e uma legislação sobre conflitos de interesses.

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O presidente Napolitano encerrou nesta quinta-feira dois dias de consultas com dirigentes partidários e disse que vai anunciar nesta sexta os próximos passos da formação do governo. Se não houver acordo, a Itália pode passar um tempo sob governo interino até a realização de novas eleições, possivelmente já em junho ou no segundo semestre.

Comediante – Anteriormente, Bersani tentou formar uma aliança com o Movimento 5 Estrelas, do ex-comediante Beppe Grillo, que rejeitou qualquer acordo. Depois de conseguir surpreendentemente 25% dos votos – de protesto – dos eleitores no pleito realizado em fevereiro, o movimento tornou-se o fiel da balança na política italiana.

“Demonstramos respeito pelos eleitores do Movimento 5 Estrelas, mas eles não demonstraram respeito nenhum pelos nossos”, afirmou Bersani nesta quinta.

Sem mostrar disposição pela formação de alianças, o Movimento 5 Estrelas pediu oficialmente a Napolitano um mandato para comandar um novo governo.

Durante meses, o comediante atacou o presidente, ao aponta-lo como símbolo do que está errado na política italiana, em uma campanha que foi ‘contra tudo e todos’. Agora, o movimento afirma estar pronto para assumir “um ato de extrema responsabilidade” e formar um novo governo.

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Grillo não pode assumir uma cadeira no Parlamento por ter sido condenado por homicídio culposo, depois de um acidente de carro ocorrido em 1980. O antecedente criminal impede sua candidatura segundo as regras de seu próprio movimento alternativo.

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Berlusconi – O presidente também se encontrou com Berlusconi, que disse estar “disponível para uma coalizão que possa intervir imediatamente com medidas econômicas que tenham amplo apoio”. A proposta de coalizão, no entanto, tem como condição que o próximo presidente seja da centro-direita. O atual mandato presidencial termina em 15 de maio.

(Com agências Reuters e EFE)

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