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Berlim se revolta após Abbas dizer que Israel cometeu ’50 Holocaustos’

O chanceler da Alemanha, Olaf Sholz, condenou os comentários do líder da Palestina após participarem de entrevista coletiva conjunta

Por Da Redação
17 ago 2022, 12h24

O líder da Palestina, Mahmoud Abbas, acusou Israel de cometer “50 Holocaustos”, em uma coletiva de imprensa conjunta com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, em Berlim, na noite de terça-feira 16. Um dia depois, os comentários foram bombardeados por condenações da Alemanha e de Israel.

No final de sua visita à chancelaria da Alemanha na noite de terça-feira, Abbas foi questionado por um jornalista alemão se ele planejava se desculpar pelo ataque mortal de militantes palestinos a cidadãos israelenses nas Olimpíadas de Munique de 1972, cujo 50º aniversário é em 5 de setembro.

O grupo militante Setembro Negro, que matou 11 atletas israelenses e um policial alemão durante a tomada de reféns, estava ligado ao partido Fatah de Abbas na época.

“Se queremos ir mais longe no passado, sim, por favor, posso enumerar 50 massacres cometidos por Israel”, disse o líder palestino ao final da entrevista coletiva. “Cinquenta massacres, 50 holocaustos e até hoje, todos os dias, temos pessoas mortas pelas [Forças de Defesa de Israel], pelo exército israelense.”

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Scholz, que havia criticado Abbas por descrever Israel como perpetuador de um “sistema de apartheid” no início da entrevista coletiva, não respondeu imediatamente à comparação com o Holocausto. Mas na manhã desta quarta-feira, 17, Scholz condenou os comentários.

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“Estou enojado com as observações ultrajantes feitas pelo presidente palestino Mahmoud Abbas”, Scholz afirmou em um tuíte. “Para nós alemães em particular, qualquer relativização da singularidade do Holocausto é intolerável e inaceitável. Eu condeno qualquer tentativa de negar os crimes do Holocausto.”

O chefe da missão diplomática palestina foi convocado à chancelaria alemã em protesto na tarde de quarta-feira, informou a agência de notícias Reuters.

O tabloide Bild criticou Scholz por não questionar diretamente Abbas sobre sua escolha de palavras, que descreveu como “a pior relativização do Holocausto que um chefe de governo já proferiu no gabinete do chanceler”.

Yair Lapid, o primeiro-ministro israelense, disse que os comentários de Abbas eram “não apenas uma desgraça moral, mas uma mentira monstruosa”, especialmente porque foram feitos “em solo alemão”.

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Aproximadamente 6 milhões de judeus foram assassinados pelo regime do partido nazista alemão e seus cúmplices nos últimos quatro anos da Segunda Guerra Mundial.

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O embaixador designado de Israel na Alemanha, Ron Prosor, disse: “Tem que haver tolerância zero para a negação do Holocausto de Mahmoud Abbas em solo alemão”.

A visita do líder palestino a Berlim ocorreu após uma viagem a Paris em julho, vista como parte de um amplo esforço diplomático para despertar o interesse europeu pela causa da Palestina diante do interesse aparentemente enfraquecido dos Estados Unidos em reiniciar o processo de paz no Oriente Médio.

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