Bélgica prende dois ex-detentos de Guantánamo acusados de terrorismo
Segundo o escritório da procuradoria-geral, eles eram encarregados de procurar recrutas para lutar na Síria
A Bélgica prendeu dois ex-detentos da prisão de Guantánamo, em Cuba, acusados de terrorismo. Eles foram presos em um operação que investigava redes de recrutamento de combatentes para lutar pela Al Qaeda na Síria, afirmou o escritório da procuradoria-geral nesta sexta-feira.
Moussa Zemmouri, belga de 37 anos de origem marroquina, e um argelino que a procuradoria identificou como Soufiane A ficaram detidos na prisão da base naval americana da Baía de Guantánamo, em Cuba, entre 2001 e 2005. Depois que foi solto, Zemmouri escreveu um livro chamado “Inocente em Guantánamo”.
Eles estavam sob vigilância policial e foram presos nas primeiras horas de quinta-feira na cidade belga de Antuérpia, junto com três outros homens. “Desmantelamos uma importante rede de recrutamento da Síria”, disse um oficial belga à CNN.
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“Eles estavam em um carro, acreditamos que esperando para cometer um roubo”, contou Jean-Pascal Thoreau, porta-voz da procuradoria da Bélgica. Combatentes na Síria e no Iraque encontraram alguns de seus recrutas mais dispostos na Bélgica.
A Bélgica fica em terceiro lugar se comparada a França e Grã-Bretanha – quase 300 de seus cidadãos viajaram para combater entre o final de 2011 e dezembro de 2013, de acordo com o Centro Internacional para o Estudo da Radicalização.
(Com agência Reuters)