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Bélgica confirma primeiro caso de variante da África do Sul

Nova cepa da Covid-19 foi detectada pela primeira vez no país africano e tem disseminação extremamente rápida

Por Matheus Deccache Atualizado em 26 nov 2021, 11h46 - Publicado em 26 nov 2021, 10h54

A Bélgica anunciou uma série de medidas restritivas para conter a quarta onda da Covid-19 nesta sexta-feira, 26, após identificar a presença da nova cepa descoberta na África do Sul. Segundo os cientistas, a variante B.1.1.529 tem disseminação extremamente rápida.

A paciente, que não teve o nome identificado, é uma mulher adulta jovem não vacinada que desenvolveu sintomas semelhantes aos da gripe 11 dias após viajar para o Egito via Turquia. 

Ela não relatou nenhuma ligação com a África do Sul ou países próximos e nenhum de seus familiares desenvolveu a doença. Segundo os médicos, sua carga viral era elevada no momento do diagnóstico. Este é o primeiro caso da B.1.1.529 em toda a Europa.

Dentre as normas estão o fechamento antecipado de bares e o fechamento total de casas noturnas por três semanas para reduzir o contato social. 

“Estamos diante de uma situação pior do que a visão mais pessimista dos especialistas de apenas duas semanas atrás. A pressão sobre o nosso sistema de saúde está aumentando”, disse o primeiro-ministro, Alexander De Croo, em entrevista coletiva.

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As novas medidas foram definidas uma semana após o governo ter definido algumas restrições mais brandas como a volta do uso de máscaras em um cenário mais amplo e o estímulo ao trabalho de casa. 

Agora, as feiras de natal, espaços culturais, bares e restaurantes terão que encerrar as atividades às 23h, com um máximo de seis pessoas por mesa. Além disso, festas e reuniões privadas também voltam a ser proibidas em todo o território, a menos que sejam funerais ou casamentos.

A variante B.1.1.529 foi detectada pela primeira vez na última quinta-feira, 25, na África do Sul e apresenta uma “constelação muito incomum” de mutações, que podem escapar da resposta imunológica do corpo e torná-la mais transmissível.

Os cientistas afirmam que a nova cepa tem pelo menos 10 mutações e se espalhou mais entre os jovens, com 22 casos positivos confirmados após o sequenciamento genômico. Em comparação, a variante Delta e Beta possuem duas e três mutações, respectivamente. 

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Além do país africano e da Bélgica, foram detectados casos também em Botsuana e Hong Kong. A Anvisa publicou nota nesta sexta-feira, 26, recomendando que o governo brasileiro adote medidas de restrição para voos e viajantes vindos de parte da África. Dentre os países estão: África do Sul, Botsuana, Essuatíni (antiga Suazilândia), Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

“É uma variante que possui características mais agressivas e requer das autoridades sanitárias medidas mais imediatas. Enviamos nossas notas técnicas para os Ministérios da Casa Civil, Saúde, Infraestrutura e Justiça pedindo que os voos vindos desses países sejam temporariamente bloqueados”, disse o diretor Antonio Barra Torres à GloboNews.

O documento apresenta como justificativa o potencial maior de transmissibilidade da variante e sua provável relação com o aumento contínuo das infecções nos países citados, que ainda estão com as taxas de vacinação populacional baixas. Até o momento, Reino Unido, Itália, Holanda, Alemanha e Israel também já proibiram os voos.

“Mesmo com tudo feito, de alguma maneira essa variante pode acabar se materializando em nosso país. Temos que fazer tudo o que estiver ao nosso alcance. Não há sentido em aguardar”, completou Barra Torres.

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