Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Beduínos libertam as duas brasileiras sequestradas no Egito (Brasil)

Por Andre Durand
18 mar 2012, 22h14

Duas turistas brasileiras tomadas como reféns por beduínos, neste domingo, na Península de Sinai, no Egito, foram libertadas horas depois do sequestro e estão passando bem, disse um porta-voz do Itamaraty à AFP.

“Recebemos a confirmação de que foram libertadas, e trasladadas a um hotel (perto do Monte Sinai) onde estão os demais passageiros do ônibus em que viajavam”, disse o funcionário, que preferiu não ter o nome divulgado.

A polícia egípcia confirmou, na madrugada deste domingo, hora local, a libertação das duas.

“Os serviços de segurança conseguiram, em cooperação com os notáveis das tribos, obter a libertação das mulheres, tomadas como reféns junto com um guia e um membro da polícia egípcios.

Continua após a publicidade

Os quatro foram libertados, segundo informação da polícia do Cairo.

“Recebemos a confirmação de que foram libertadas, e trasladadas a um hotel (perto do Monte Sinai) onde estão os demais passageiros do ônibus em que viajavam”, disse ao portal G1 o pai de uma das reféns, o pastor evangélico Dejair Batista Silvério, de 60 anos, testemunha do sequestro. Ele disse que chegou a falar por telefone com a filha Sara Lima Silvério, de 18 anos, depois da libertação, junto com a amiga Zélia Magalhães de Mello, de 45.

“Ela está viva. Falei com ela por telefone e me disse: ‘estou bem'”, contou.

Continua após a publicidade

Dejair explicou que as duas foram levadas por beduínos que metralharam o ônibus em que estavam.

O sequestro aconteceu quando o ônibus com 38 turistas voltava do mosteiro de Santa Catarina, importante sítio turístico no sul da península, segundo fontes egípcias dos serviços de segurança.

“De repente, dois carros ultrapassaram o ônibus e eles desceram atirando. Foram vários disparos de metralhadora e de fuzil. Eles atiraram na porta do ônibus. Achei que estavam até atirando na gente já. Foi então que eles entraram no ônibus e levaram as duas para fora”, contou Dejair.

Continua após a publicidade

Os sequestradores puseram os reféns em um carro e fugiram para uma região montanhosa, segundo autoridades egípcias.

Os demais brasileiros que estavam no veículo foram escoltados, depois do incidente, por duas equipes das forças de segurança egípcias para um hotel perto do Monte Sinai, segundo Silvério.

Segundo uma fonte policial, um dos sequestradores pedia a libertação de seu filho, condenado à prisão por tráfico de drogas e armas.

Continua após a publicidade

O episódio deste domingo é o terceiro caso do tipo envolvendo turistas só este ano, e o último de uma série de incidentes violentos que deixam em dificuldades militares no poder desde que o presidente Hosni Mubarak foi deposto por uma revolta popular, em fevereiro de 2011.

No dia 10 de fevereiro passado, beduínos armados sequestraram três turistas sul-coreanas e seu guia egípcio na mesma região, pedindo a libertação de prisioneiros. Os três foram libertaram no dia seguinte.

Uma semana antes, dois turistas americanos e seu guia também foram sequestrados por beduínos, que também exigiam a libertação de companheiros detidos.

Continua após a publicidade

Os turistas e o guia foram libertados horas depois ilesos, assim como 25 trabalhadores chineses que tinham sido sequestrados em janeiro.

A desértica e montanhosa região do Sinai, no leste do país, é pouco habitada e abriga a maior parte dos resorts egípcios. Ao mesmo tempo, serve como local de moradia de grande parte da população beduína pobre, marginalizada pelo antigo regime, e que pegou em armas durante a rebelião que terminou com quase 30 anos de poder de Mubarak.

Desde a revolta, o Sinai se tornou uma área ainda mais violenta, com ataques a delegacias de polícia e explosões frequentes contra oleodutos que levam gás ao vizinho Israel, sabotados 13 vezes este ano.

Os militares têm dificuldades para controlar os grupos radicais nesta região montanhosa do leste do país. Contribui para isto a escassa presença do exército, devido à desmilitarização do setor, contemplada nos acordos de paz com Israel.

Uma base militar da Força Multinacional de Paz e Observadores (MFO), encarregada de zelar pela aplicação do acordo de paz entre Egito e Israel de 1979, foi cercada durante oito dias por beduínos armados que também pediam a libertação de membros de suas tribos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.