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Barack Obama: a vitória histórica

Por Da Redação
29 jan 2009, 15h12

Quando discursou pela primeira vez como presidente dos Estados Unidos, no dia 20 de janeiro de 2009, Barack Hussein Obama Jr. emocionou milhares de pessoas que estavam à espera de uma guinada na política doméstica e externa americana. O democrata tomou posse em meio à maior crise econômica desde a década de 1930.

A capa de VEJA do dia 21 de janeiro de 2009 estampou a foto de Obama e pontuou os principais dilemas do novo presidente: manter os EUA como potência dominante no século XXI, ou administrar o declínio de uma supremacia que moldou o planeta tal como o conhecemos atualmente.

O nome de Obama aparecera pela primeira vez nas páginas de VEJA em dezembro de 2006. A edição era dedicada à retrospectiva do ano e indicava a ainda tímida formação do cenário para a eleição presidencial americana, marcada para 2008. A senadora Hillary Clinton poderia se tornar a primeira presidente mulher do país, mas antes teria de mostrar serviço dentro de seu próprio partido, onde despontava o jovem e dinâmico senador de Illinois.

Em fevereiro de 2007, mesmo com o favoritismo de Hillary, Obama lançou seu nome na disputa pela candidatura democrata e, a partir daí, ganhou destaque na imprensa internacional. Existiam muitas razões para a especial atenção dada ao senador. Ele era o primeiro candidato negro com chances reais de chegar à Casa Branca e representava o possível frescor político que os americanos pareciam tanto querer.

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A corrida pela vaga de candidato democrata já havia começado e, em janeiro de 2008, se computada apenas a quantidade de votos que cada candidato havia recebido no colégio eleitoral, a apuração das duas primárias mostravam empate técnico entre Hillary e Obama. Naquele momento, porém, a sensação ainda era a de que os Estados Unidos conheceriam uma mulher como candidata à presidência.

Um mês depois, VEJA noticiava a vitória de Obama em oito primárias consecutivas e seu salto firme na corrida pela candidatura do Partido Democrata. O placar marcava 1.275 delegados para o senador e 1.220 para Hillary. A vantagem era pequena, mas parecia dar fôlego a Obama.

O sistema de colégio eleitoral pode parecer confuso aos brasileiros, mas os ataques durante as disputas acabam se tornando bastante familiares. Obama era o astro pop da corrida pela presidência, mas perdeu três disputas importantes para Hillary no mês de março. A senadora passou a criticar duramente Obama.

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E a lama da corrida eleitoral não ficou apenas a cargo da retórica dos candidatos. No início de junho, VEJA publicou reportagem que mostrava a importância da internet na disputa pela preferência dos eleitores. Obama celebrava suas vitórias mais recentes quando a bomba caiu sem aviso prévio. Um vídeo que circulava pela rede mostrava o pastor de sua igreja fazendo um sermão explosivo: pressionado pela enorme repercussão, Obama rompeu publicamente com o pastor. Hillary comemorava o deslize, quando um vídeo, também divulgado na rede, mostrou a candidata desembarcando serenamente na Bósnia em 1996: as imagens desmentiam o relato dramático feito por ela dias antes, segundo o qual descera do avião debaixo de fogo cruzado.

Em 4 de julho de 2008, Barack Obama se tornou o primeiro negro na história dos Estados Unidos candidato à Casa Branca, após uma disputa acirrada. Em poucas horas, diversos caciques do partido – chamados de superdelegados – foram a público declarar seu apoio. Ao anoitecer, a conta finalmente bateu em 2.118 delegados, e o Partido Democrata já tinha seu candidato.

Na largada da campanha, uma surpresa: Obama, candidato que tinha tudo para dar de goleada, estava patinando para superar o republicano John McCain. A dificuldade do democrata em disparar na preferência do eleitorado, de acordo com cientistas ouvidos por VEJA, era sua inexperiência. Como novato, ele provocava estranhamento e não inspirava a confiança no eleitor, especialmente para tratar de assuntos internacionais.

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Durante 21 meses de campanha, o candidato democrata foi incansavelmente testado e provocado por seus oponentes, mas pareceu se sair muito bem. No dia 4 de novembro de 2009, aos 47 anos, foi eleito presidente dos Estados Unidos. Sua vitória reafirmou o poder americano de renovar o país e surpreender o mundo.

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