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Banco Mundial anuncia US$ 200 bi para mudança climática na COP-24

No encontro, o naturalista David Attenborough alerta que a humanidade está diante da maior ameaça à sua sobrevivência

Por Denise Chrispim Marin Atualizado em 3 dez 2018, 17h17 - Publicado em 3 dez 2018, 16h18

O Banco Mundial anunciou nesta segunda-feira, 3, hoje na cidade carvoeira de Katowice, na Polônia, seu investimento de 200 bilhões de dólares em iniciativas para mitigar a mudança climática entre 2021 e 2025. O valor representa o dobro do financiamento da instituição para os primeiros cinco anos depois da assinatura do Acordo de Paris, em 2015.

O anúncio se deu durante a 24ª Conferência das Nações Unidas para Mudança Climática (COP-24). Pesa contra o encontro a ausência dos dois maiores emissores de gases do efeito estufa – Estados Unidos e China – e a ameaça do futuro governo do Brasil de retirar-se do Acordo de Paris. O presidente eleito, Jair Bolsonaro também determinou a desistência do país em sediar o encontro seguinte, a COP-25.

Na COP-24, a principal missão dos países signatários do Acordo de Paris será consolidar um “livro de instruções” sobre como limitar o aumento da temperatura do planeta a uma faixa de 1,5 a 2,0 graus Celsius até o final do século, em comparação com o registro do período anterior à Revolução Industrial. As expectativas de um acordo, entretanto, são baixas.

Em Katowice, o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, alertou para o fato de as populações mais pobres e mais vulneráveis do planeta estarem em grande risco por causa dos efeitos da mudança climática. O aumento da temperatura, provocado pelas emissões dos gases do esfeito estufa, causa ondas de calor e eventos climáticos radicais.

A entidade desembolsou neste ano 20,5 bilhões de dólares em ações relacionadas ao tema, como comprometera-se no Acordo de Paris. Segundo o jornal britânico The Guardian, Kim fez um apelo para que as instituições privadas sigam o exemplo do Banco Mundial e financiem ações para evitar aumento superior a 2,0 graus Celsius na temperatura do planeta.

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“Estamos nos empurrando para fazer mais e mais rápido na questão da mudança climática e convocamos a comunidade global a fazer o mesmo”, afirmou. Isto tem a ver com responsabilizar os países e as comunidades na construção de um clima mais seguro e persistente no futuro”, completou Kim.

Os 200 bilhões de dólares prometidos pelo Banco Mundial para o período de 2021 a 2025 serão destinados a sistemas de alertas para aquecimento antecipado e de previsão do tempo de alta qualidade. Esses mecanismos deverão ajudar as populações de 30 países em desenvolvimento a se prepararem para condições climáticas extremas.

Segundo o Guardian, o Banco Mundial também investirá seus recursos em “agricultura inteligente”, adaptada às mudanças climáticas previstas e voltada a garantir a segurança alimentar especialmente do mundo em desenvolvimento.

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Colapso da humanidade

Em um alerta contra as teses que desacreditam a mudança climática, o naturalista britânico David Attenborough declarou em Katowice que a humanidade está diante da “maior ameaça” a sua sobrevivência em milênios e da extinção da “maior parte do mundo natural”, segundo a BBC.

“Agora, estamos enfrentando um desastre em escala global causado pelo homem”, afirmou Attenborough, em palestra na COP-24. “Se não agirmos, o colapso das nossas civilizações e a extinção da maior parte do mundo natural estarão no horizonte.”

Os alertas do naturalista reverberam os estudos científicos que apontam escalada do aquecimento global e seus impactos no planeta. Nos últimos anos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem se declarado cético sobre o tema, apesar dos estudos comprovatórios realizados pelo próprio governo americano.

“O tempo está correndo. A população mundial quer que vocês, tomadores de decisão, ajam agora”, advertiu Attenborough.

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(Com Reuters)

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