O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fez um apelo nesta quinta-feira para que seja colocado um ponto final na violência na Síria, tanto por parte do governo como da oposição, e pediu à comunidade internacional que encontre uma resposta comum à situação.
“O mais importante neste momento é, primeiro, que as autoridades sírias devem parar de matar seu próprio povo. E esta violência deve ser interrompida de todas as partes, seja pelas forças de segurança ou pelas forças de oposição”, disse Ban à imprensa em Viena.
Antes de uma reunião na Assembleia Geral da ONU esperada para esta quinta-feira que deveria discutir um pedido para que o presidente sírio Bashar al-Assad interrompa seus ataques à população civil, Ban também fez um chamado à unidade.
“Peço à comunidade internacional que fale com uma só voz: detenham a violência. Detenham o derramamento de sangue. Quanto mais longos forem os debates, mais pessoas vão morrer”, disse.
Ban lamentou que Rússia e China tenham feito uso de seu direito de veto para bloquear no Conselho de Segurança um projeto de resolução que condenava a repressão.
“Foi lamentável que o Conselho de Segurança foi incapaz de tratar este projeto de resolução e tomar ações coerentes e unificadas, mas isto agora é passado”, disse.
A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, havia dito nesta semana que “possivelmente foram cometidos crimes contra a humanidade” na Síria desde o início da repressão, em 2011.
De acordo com estimativas da ONU, mais de 5.400 pessoas morreram, e outras milhares abandonaram o país.
“A falta de um acordo no Conselho de Segurança não dá ao governo (sírio) licença para manter o ataque contra seu próprio povo”, disse Ban nesta quinta-feira.
O secretário-geral da ONU chegou a Viena pra uma reunião sobre o tráfico de drogas no Afeganistão, da qual participarão os ministros das Relações Exteriores da Rússia e da França, Serguei Lavrov e Alain Juppé, respectivamente.