Ban Ki-Moon pede ajuda alimentar para a Coreia do Norte
Seul enviava anualmente 400.000 toneladas de arroz a Pyongyang, porém, suspendeu envios a partir de 2008 em consequência das tensões com país
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, afirmou nesta quinta-feira em Seul que a Coreia do Norte deveria receber ajuda humanitária sem “considerações políticas nem otros cálculos”. A Coreia do Sul enviava anualmente 400.000 toneladas de arroz ao país vizinho, cuja população é pobre e sofre com a escassez de alimentos, mas suspendeu os envios a partir de 2008 em consequência das tensões com Pyongyang.
O governo conservador de Seul tem medo de que a ajuda seja desviada para beneficiar o Exército norte-coreano, integrado por 1,1 milhão de oficiais, mas permite que pequenas quantidades sejam enviadas pela Cruz Vermelha ou de organizações não governamentais. Ban Ki-Moon, que é sul-coreano, declarou a jornalistas em Seul que as agências das Nações Unidas confirmaram com inspeções no início do ano que 6,1 milhões de pessoas enfrentavam “uma grave crise humanitária” na Coreia do Norte.
Incidente – A Coreia do Norte desmentiu na madrugada desta quinta-feira (horário local) ter promovido disparos de artilharia perto da fronteira com o sul, assegurando que apenas foram utilizados explosivos para trabalhos de construção, informou a agência oficial norte-coreana KCNA. “Houve um uso normal de explosivos na região (…) perto das cinco ilhas do mar ocidental da Coreia”, informou a KCNA, citando o representante norte-coreano nas negociações militares com o sul, e acusou Seul de “desinformação” por ter citado na véspera tiros de artilharia no norte.
O Ministério da Defesa sul-coreano denunciou que Pyongyang tinha voltado a efetuar nesta quarta-feira disparos de artilharia perto de sua fronteira marítima com a Coreia do Sul. Poucas horas antes, as Forças Armadas sul-coreanas tinham aberto fogo em resposta a tiros de artilharia norte-coreanos perto da tensa fronteira entre os dois países no Mar Amarelo.
(Com agência France-Presse)