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Aviões turcos destroem templo de mais de 3 mil anos na Síria

Fotos e um vídeo publicados no Facebook do Observatório Sírio de Direitos Humanos mostram o templo histórico de Ain Dara, em Afrin, reduzido a escombros

Por Da redação
29 jan 2018, 14h00

Aviões turcos destruíram o templo histórico de Ain Dara, pertencente à cultura sírio-hitita e que data mais de três mil anos, situado no enclave curdo de Afrin, no extremo noroeste da Síria, informou no domingo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH, na sigla em inglês).

A ONG publicou em sua página no Facebook fotos e um vídeo do templo praticamente reduzido a escombros pelos ataques aéreos na zona no marco da operação “Ramo de Oliveira” contra as milícias curdas que são consideradas “terroristas” por Ancara, situadas nessa região do país, área fronteiriça com a Turquia.

O Observatório informou no sábado que aviões turcos bombardearam a zona de Ain Dara, embora não tenha dado mais detalhes sobre o estado do templo histórico.

O templo de Ain Dara está construído sobre uma base decorada com esfinges e leões, e foi descoberto durante uma campanha de escavações em meados do século XX.

Devido às várias ofensivas na Síria nos últimos sete anos, muitos sítios arqueológicos no país foram seriamente danificados ou destruídos pelos combates e pela presença de organizações extremistas.

Durante a primeira etapa do grupo radical Estado Islâmico (EI) na cidade monumental de Palmira, os terroristas explodiram os templos de Bel e Bal Shamin, a frente cênica do teatro romano, o Tetrapylon, o arco do triunfo e várias estátuas do museu da cidade.

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“Os seis Patrimônios da Humanidade da Síria foram afetados, inclusive Palmira, e a legendária cidade de Aleppo, uma das mais antigas do mundo, foi reduzida a escombros”, lembrou em novembro do ano passado a Unesco.

A destruição de monumentos na Síria, no Iraque e outros países levou o Conselho de Segurança a aprovar este ano uma resolução para melhorar a proteção do patrimônio frente a grupos terroristas como o Estado Islâmico.

 

Ofensiva turca

Desde 20 de janeiro, a Turquia realiza uma ofensiva na região de Afrin contra a milícia curda das Unidades de Proteção Popular (YPG), considerada “terrorista” por Ancara, mas uma aliada importante dos Estados Unidos na luta contra os jihadistas.

Em reação à operação, as autoridades semiautônomas curdas anunciaram que não participarão das negociações sobre o conflito sírio organizadas na terça-feira pela Rússia no balneário de Sochi.

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Nesta segunda-feira, “os bombardeios sírios se intensificaram, com disparos contínuos de artilharia” no norte e oeste da região de Afrin, informou o Observatório.

De acordo com o diretor da ONG, Rami Abdel Rahman, as forças turcas e os rebeldes sírios aliados assumiram o controle de oito localidades ao longo da fronteira desde o início da operação.

Ao menos catorze pessoas, incluindo cinco crianças, morreram no domingo nos bombardeios aéreos turcos que atingiram a região. De acordo com o OSDH, 55 civis morreram desde o início da ofensiva.

Apesar dos bombardeios, as ruas da cidade de Afrin permanecem relativamente a salvo dos combates. Farmácias, lojas de roupa e outros estabelecimentos permaneciam abertos e os moradores pareciam seguir com suas rotinas.

(Com EFE e AFP)

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