Cairo, 11 mai (EFE).- As autoridades sírias afirmaram ter frustrado nesta sexta-feira um atentado suicida em um bairro da cidade de Aleppo, no dia seguinte à explosão de dois carros-bomba que causaram a morte de 55 pessoas na periferia de Damasco.
Uma fonte oficial, citada pela agência estatal ‘Sana’, detalhou que as forças de segurança evitaram um novo massacre ao interceptar o terrorista depois que este atacou dois agentes no bairro de Al Sheaar.
O terrorista conduzia uma caminhonete carregada com 1,2 mil quilos de material explosivo e ao ver-se encurralado detonou o cinto de explosivos que levava atado ao corpo, segundo a fonte, que não informou vítimas além do próprio agressor.
Também em Aleppo, a ‘Sana’ noticiou a explosão de uma bomba instalada por ‘um grupo terrorista armado’ em uma avenida do bairro Seif el Daula, que causou prejuízos materiais.
Estes atos terroristas ocorrem depois que pelo menos 55 pessoas morreram e 372 ficaram feridas ontem no atentado mais sangrento desde o início da revolta contra o regime de Bashar al Assad em março de 2011.
As autoridades acusaram por este atentado, perpetrado na área de Qazaz, na periferia de Damasco, ‘grupos terroristas armados’, apoiados por estrangeiros.
Enquanto isso, os grupos opositores denunciaram que as forças de segurança abriram fogo contra algumas das manifestações convocadas em todo o país para exigir a queda do regime.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, foram registradas dez mortes em diferentes atos de repressão em Idleb, Hasaka, Aleppo, Damasco, Homs e Hama, enquanto os Comitês de Coordenação Local elevaram esse número para 13.
A violência persiste na Síria apesar do cessar-fogo, em vigor desde o último dia 12 de abril, e a presença no país de observadores da ONU, que vigiam o cumprimento do plano de paz do mediador internacional Kofi Annan.
Desde o começo da revolta, mais de 10 mil pessoas morreram pela violência na Síria, segundo dados da ONU, que situou em 230 mil os refugiados internos e em mais de 60 mil os que fugiram para países limítrofes, como Turquia e Líbano. EFE