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Autoridades dos EUA e da China se reúnem em meio a tensões sobre Taiwan

Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e chanceler chinês Wang Yi conversaram na sede da ONU

Por Da Redação 23 set 2022, 15h29
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  • Os principais diplomatas dos Estados Unidos e da China iniciaram uma reunião nesta sexta-feira, 23, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas. O encontro das autoridades ocorre em meio à escalada de tensões desencadeada pelo apoio de Washington à soberania de Taiwan, ilha reivindicada pelo governo chinês.

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    O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, apertaram as mãos em Nova York, sede da ONU, mas não responderam às perguntas de repórteres enquanto se sentavam para conversar.

    A Casa Branca havia dito anteriormente que a reunião com o chanceler chinês fazia parte dos esforços contínuos de Washington para “manter linhas abertas de comunicação e administrar conflitos com responsabilidade”.

    A conversa entre os diplomatas ocorre após o presidente dos EUA, Joe Biden, afirmar que as forças dos EUA defenderiam Taiwan no caso de uma invasão chinesa. A China reagiu à declaração argumentando que o governo norte-americano não deveria interferir na questão, já que apoia uma Taiwan independente.

    Os comentários explícitos de Biden vão na contramão de uma política de longa data dos EUA de “ambiguidade estratégica”, embora a Casa Branca tenha insistido que sua posição sobre Taiwan não mudou.

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    A lei norte-americana de décadas deixa claro que a decisão de Washington de estabelecer relações diplomáticas com a China “depende da expectativa de que o futuro de Taiwan será determinado por meios pacíficos”.

    Em entrevista à organização de pesquisas Asia Society em Nova York na quinta-feira, 22, o chanceler chinês disse que a questão de Taiwan está se tornando o maior risco nas relações China-EUA.

    “Se for mal administrado, é mais provável que devaste nossos laços bilaterais”, disse Wang, de acordo com uma transcrição da embaixada da China em Washington.

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    A recente escalada de tensões entre Pequim e Washington foi desencadeada pela visita a Taiwan da presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, em agosto. Após a viagem de Pelosi, a China enviou dezenas de aviões e disparou mísseis ao vivo perto da ilha.fff

    + China interrompe cooperação com EUA após visita de Nancy Pelosi a Taiwan

    Em um telefonema com Biden em julho, o líder da China Xi Jinping alertou sobre Taipei, dizendo que “aqueles que brincam com fogo perecerão com ele”.

    No início da semana, Wang se encontrou com o ex-secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger, o arquiteto das relações dos EUA com a China comunista, e  disse que a intenção de Pequim era uma “reunificação pacífica” com Taiwan.

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    + Calma não significa que não haverá ‘forte reposta’ à China, diz Taiwan

    A China vê Taiwan democraticamente governada como uma de suas províncias. Pequim há muito prometeu colocar Taiwan sob seu controle e não descartou o uso da força para fazê-lo.

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    Taipei, por sua vez, se opõe fortemente às reivindicações de soberania da China e diz que apenas os 23 milhões de habitantes da ilha podem decidir seu futuro.

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