Autoridades de Gaza dizem ter identificado 75 corpos após ataque a escola
Exército de Tel Aviv justificou bombardeio afirmando que militantes do Hamas utilizavam o local para planejar ataques contra Israel
Autoridades de Gaza identificaram nesta segunda-feira, 12, 75 dos 93 palestinos mortos em um ataque aéreo israelense a um prédio escolar, informou a agência de notícias AFP. Segundo Israel, o bombardeio deste sábado 10 eliminou 31 militantes do grupo terrorista Hamas.
“Há 93 mortos no ataque à escola Al-Tabieen, 75 deles foram identificados”, disse o porta-voz da agência de defesa civil de Gaza, Mahmud Bassal. “Os outros ainda não foram identificados porque alguns corpos estão dilacerados e carbonizados pelo bombardeio”, acrescentou.
As equipes de resgate da defesa civil de Gaza afirmaram que a escola religiosa Al-Tabieen abrigava palestinos que perderam suas casas durante o conflito, e foi atingida enquanto eles se reuniam para orações ao amanhecer.
Operação “precisa” contra terroristas
Logo após o ataque, o exército israelense publicou os nomes e as fotos das 31 pessoas que, de acordo com eles, são terroristas do Hamas. Anteriormente, Israel havia relatado que 19 militantes foram mortos.
Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), o bombardeio contra o complexo escolar só ocorreu após receberem informações de inteligência garantindo que militantes do Hamas estavam utilizando o local ativamente como base para planejar atentados contra o território israelense.
“O ataque foi realizado usando três munições precisas”, disseram as FDI horas após a investida de sábado, acrescentando que “nenhum dano grave foi causado ao complexo onde os terroristas estavam situados”.
A guerra em Gaza estourou após o Hamas atacar Israel em 7 de outubro, matando cerca de 1.200 pessoas e capturando 251, que foram feitas reféns e levadas ao enclave palestino. Em retaliação, o governo israelense atacou o território com bombardeios e uma invasão terrestre, provocando, até o momento, mais de 39 mil óbitos e o deslocamento de 90% da população de 2,3 milhões de pessoas.