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Autoridades aceitam debater a questão do filho único

Política pode comprometer o desenvolvimento econômico e social do país

Por Da Redação
24 set 2010, 09h20

População do gigante asiático alcançou 1,32 bilhão de habitantes em 2008, dos quais 200 milhões terão mais de 60 anos até 2015

A China pode reavaliar sua política de restringir que cada casal tenha apenas um filho, devido ao impacto negativo que tem causado no desenvolvimento econômico e social do país. Nas famílias, entre as principais consequências dessa determinação – que começou no fim dos anos 1970 com o intuito de conter o crescimento da população – estão a “síndrome do ninho vazio”, a depressão que acomete pais quando os filhos crescem e saem de casa.

Levantamentos recentes mostram que vivem no gigante asiático cerca de 1,32 bilhão de habitantes. Apesar do número impressionante, o governo defende que ao longo desses anos foi possível evitar o nascimento de mais de 400 milhões de pessoas no país. Contudo, o grande reflexo disso é o envelhecimento desordenado da população – a previsão é de que a quantidade de idosos com mais de 60 anos chegue a 200 milhões até 2015 – e o aumento nos casos de infertilidade – resultado de inúmeros abortos forçados de meninas, devido à clara preferência por se ter um filho homem, que garantiria o sustento da casa.

De acordo com dados publicados em um seminário sobre infertilidade realizado em agosto em Pequim, mais de 40 milhões de pessoas sofrem com o problema, o que representa quase 12% da população em idade fértil. Deste número, 15% vivem em regiões litorâneas e desenvolvidas, como a cidade de Qingdao, capital da província oriental de Shandong, e 18,9% na sulina Cantão.

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Outros fatores – Nas zonas urbanas, a infertilidade cresce também como consequência do aumento da poluição, da ingestão de hormônios – sobretudo entre os homens – e da idade avançada com que as mulheres estão se casando – em geral após os 35 anos, na busca por uma situação financeira estável antes de formar uma família.

Meios de comunicação influentes no país, como o jornal Diário do Povo – órgão oficial do Partido Comunista da China -, já falam abertamente sobre tratamentos de inseminação artificial como uma “opção viável” para solucionar a questão da falta de filhos. Entretanto, um professor do Instituto de Pesquisas sobre População e Desenvolvimento da Universidade de Nankai, Yuan Xin, declarou à publicação que o método é considerado “caro e exaustivo”.

(Com agência EFE)

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