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Autor de tiroteio que deixou 12 mortos na Califórnia é ex-fuzileiro naval

Ian David Long sofria de estresse pós-traumático e tinha episódios de violência em que quebrava a própria casa, segundo vizinhos

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h04 - Publicado em 8 nov 2018, 16h37

A polícia identificou o ex-fuzileiro naval Ian David Long, de 28 anos, como o autor do tiroteio na noite de quarta-feira, 7, que causou 12 mortes em um bar na cidade de Thousand Oaks, na Califórnia. Os motivos que levaram ao ataque ainda não foram revelados.

Segundo vizinhos de Long, ele sofria de estresse pós-traumático e apresentava comportamento violento. O ex-militar, que morava com a mãe em Newbury Park, uma vizinhança a poucos quilômetros do estabelecimento que atacou, costumava quebrar a casa em momentos de raiva.

O tiroteio aconteceu por volta das 23h20 (horário local de quarta-feira, 5h20 de quinta-feira em Brasília) no Borderline Bar and Grill. Lang foi encontrado morto pela polícia dentro do estabelecimento. Ainda não está claro se ele se suicidou ou se foi atingido por outro atirador.

Segundo afirmaram fontes policiais à emissora NBC, Long é branco e tem várias tatuagens em seu corpo. Ele chegou ao bar Borderline no carro de sua mãe e, durante os disparos, não disse uma só palavra.

Os vizinhos de Long afirmaram que todos na região de Newbury Park estão cientes dos problemas emocionais do ex-militar. Richard Berge, de 77 anos, disse ao jornal Los Angeles Times que o homem sofria de estresse pós-traumático e costumava chutar as paredes de sua casa.

Segundo ele, a mãe de Long tinha muitos problemas com o filho. “Eu só sei que ele destruía a casa”, disse.

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“Não temos nenhuma ideia de suas motivações”, declarou o xerife do condado de Ventura, Geoff Dean. Segundo o oficial, Long já tinha passagem pela polícia por delitos menores, incluindo uma batida de carro e uma denúncia de perturbação do sossego em abril deste ano.

Quando a polícia respondeu ao chamado feito por um dos vizinhos de Long, em abril passado, o ex-fuzileiro se desentendeu com os policiais e iniciou uma discussão. “Ele estava, de um certo modo, furioso. Ele agia de uma maneira irracional”, afirmou o xerife.

Na época, Long passou pela avaliação de especialistas em saúde mental, a pedido da polícia. Os profissionais disseram ter tido a impressão de que ele sofreia de estresse pós-traumático ligado a seus antecedentes militares. Mas concluíram  que ele não representava perigo para si mesmo ou outras pessoas e, por isso, não poderia ser obrigado a seguir nenhum tipo de tratamento.

Ainda segundo a polícia, Long também foi vítima de uma briga em outro bar em Thousand Oaks, em janeiro de 2015, mas não foi fichado pela ocorrência.

Várias testemunhas que se encontravam no Borderline Bar and Grill no momento do tiroteio descreveram Long como um “homem totalmente vestido de preto”, “barbudo” e com uma pistola de grosso calibre.

“Não temos ideia se existe um vínculo terrorista ou não. Nada me leva, a mim ou ao FBI, a pensar que tenha um vínculo terrorista”, afirmou o xerife Geoff Dean logo após o ataque.

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Segundo Dean, a cena deixada por Long no bar é “horrível”. “Tem sangue por todos os lados”, disse o xerife à imprensa.

Entre as 12 vítimas do ataque está o sargento Ron Helus, que respondeu às primeiras chamadas de emergência no ba. Ele foi atingido por Long assim que entrou pela porta da frente. O policial foi levado a um hospital na região, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Segundo testemunhas, o atirador entrou pela porta principal do bar, disparou contra um segurança e depois contra outros funcionários, antes de começar a atacar as pessoas que se reuniam na pista de dança.

A arma usada por Long é uma pistola do modelo Glock 21 de calibre 45. De acordo com a polícia, o artefato foi comprado legalmente.

Trata-se do segundo tiroteio nos Estados Unidos em menos de duas semanas. Há dez dias, 11 pessoas morreram em uma sinagoga na cidade de Pittsburgh, no pior ataque antissemita cometido nos Estados Unidos.

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