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Autor de livro sobre Bin Laden nega ter violado segredos

As autoridades dos EUA ameaçaram com um processo judicial um ex-seal que escreveu versão da morte do terrorista contrária à divulgada pela Casa Branca

Por Da Redação
31 ago 2012, 19h00

Depois de ameaçar com um processo judicial o ex-militar que escreveu um livro descrevendo a ação que resultou na morte de Osama bin Laden em versão contrária à da Casa Branca, as autoridades dos Estados Unidos ainda debatem se há base suficiente para isso. O advogado de Matt Bissonnette, Robert Luskin, disse nesta sexta-feira que o ex-militar manteve seu compromisso de proteger os segredos governamentais, garantindo que eles não entrariam na obra. O porta-voz do Pentágono, George Little, afirmou em entrevista coletiva que o livro continua sendo submetido a uma revisão oficial.

Capa da edição americana de 'No Easy Day', escrito por soldado que participou da operação que matou Osama Bin Ladan
Capa da edição americana de ‘No Easy Day’, escrito por soldado que participou da operação que matou Osama Bin Ladan (VEJA)

Na quinta-feira, o advogado-chefe do Departamento de Defesa, Jeh Johnson, enviou uma carta a “Mark Owen”, pseudônimo do autor, e à sua editora, a Penguin Putnam, alertando-os que a publicação de No Easy Day (Não Há Dia Fácil, em português) viola acordos de confidencialidade assinados por Bissonnette quando era membro da unidade de elite da Marinha americana que participou da caçada a Bin Laden.

A carta dizia que o Pentágono considerava uma ação judicial contra o autor e seus colaboradores. O advogado de Bissonnette respondeu dizendo que o acordo de confidencialidade “convida, mas de maneira alguma exige, que o senhor Owen submeta materiais a uma revisão pré-publicação”. Luskin também argumentou que Owen “adquiriu o direito de contar a sua história”.

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Autoridades americanas de Defesa e Inteligência familiarizadas com deliberações internas do governo sobre o livro admitiram que as questões legais e factuais acerca do seu conteúdo são complexas. Por isso, disseram, ainda não está claro se o governo dos Estados Unidos levará adiante o processo contra o autor e sua editora, uma subsidiária do grupo britânico Pearson. Mesmo que o processo seja iniciado, disseram as fontes, ele pode fracassar.

Segundo a agência Reuters, um funcionário que acompanhou diversas investigações sobre vazamentos de informações nos últimos tempos observou que a carta de Johnson não acusa diretamente o autor de ter divulgado informações sigilosas, o que indicaria uma possível investigação criminal. Apenas afirma que ele violou o acordo. “Talvez eles estejam só tentando assustá-lo”, acrescentou a fonte.

(Com agência Reuters)

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