Aumenta para 516 os casos de denúncia pelas agressões de Ano Novo em Colônia, Alemanha
Maioria dos suspeitos são demandantes de asilo e imigrantes ilegais, o que reacende questionamentos sobra política aberta a imigrantes adotada por governo alemão.
A polícia de Colônia, Alemanha, informou neste domingo (10/01) que o número de denúncias por agressões ocorridas na noite de 31 de dezembro subiu para 516, das quais cerca de 40% correspondem a ataques de índole sexual. O número anterior de denuncias era de 379.
Até o momento foram identificados 19 suspeitos.Segundo a polícia, a maioria dos suspeitos são demandantes de asilo e imigrantes ilegais do norte da África.
Os ataques em Colônia geraram novas críticas contra a política aberta à refugiados que o governo da chanceler Angela Merkel vem adotando na Alemanha. Em 2015 a Alemanha recebeu cerca de 1,1 milhão de refugiados.
O ministro da Justiça, Heiko Mass, chegou a defender neste domingo que os alemães não devem colocar todos os demandantes de asilo no mesmo saco. “É arriscado vincular a origem de uma pessoa com sua propensão a infringir a lei”, disse, recordando que, segundo as estatísticas, os refugiados “cometem proporcionalmente tantos delitos quanto os alemães”, afirmou.
Mas o casos já geram reações por parte do governo. A chanceler alemã Angela Merkel e seu partido defenderam neste sábado (09/01) regras mais rígidas para a expulsão dos refugiados condenados pela justiça, após as agressões contra mulheres durante a noite de Ano Novo em Colônia.
“Se um refugiado não cumpre as normas, devem existir consequências. Isto significa que deve perder o direito de residência, independente se tem uma condenação à prisão ou uma suspensão condicional da pena”, disse Merkel em entrevista coletiva.
“Se a lei não é suficiente, a lei deve ser alterada”, completou Merkel.
Reunida em Mainz, sudoeste do país, a direção do partido conservador da chanceler, a CDU, concordou em solicitar que a perda ao direito de asilo na Alemanha se torne mais sistemática em caso de delito. “Colônia mudou tudo”, disse Volker Bouffier, vice-presidente da CDU.
(Com France-Presse)