Aumenta apoio dos britânicos à saída da União Europeia
Segundo pesquisa divulgada dez dias antes do referendo que decidirá sobre a permanência ou não do Reino Unido, 53% dos britânicos dizem que querem deixar o bloco
A campanha que defende a saída do Reino Unido da União Europeia ampliou sua vantagem sobre os que defendem a permanência do país no bloco, mostraram duas sondagens de opinião publicadas pela agência de pesquisa ICM nesta segunda-feira. O resultado foi divulgado dez dias antes da realização do referendo que decidirá a questão, marcado para 23 de junho.
De acordo com as pesquisas, uma feita pela internet e a outra por telefone, os defensores da saída da UE têm 53% de apoio e a campanha pela permanência do país no bloco tem 47% de adesão, noticiou o jornal The Guardian, que patrocinou a consulta telefônica. Duas semanas atrás, os mesmos levantamentos mostravam uma diferença inferior – 52% e 48% respectivamente, segundo o jornal. As duas pesquisas excluíram os entrevistados que responderam “não sei”. A ICM disse ter consultado 1.000 adultos por telefone e 2.001 adultos on-line, entre os dias 10 e 13 de junho.
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As pesquisas da ICM são as mais recentes a sugerir que a campanha pela saída ganhou força, o que vem perturbando os investidores. Um levantamento divulgado na sexta-feira, que apontou uma dianteira de 10 pontos porcentuais para a saída, aumentou a pressão sobre a libra esterlina e provocou uma alta recorde no custo do hedging, sistema de proteção das grandes oscilações da taxa de câmbio.
Do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Fundo Monetário Internacional (FMI), uma série de lideranças mundiais e organizações internacionais tem alertado o eleitorado britânico sobre os riscos de romper com a união à qual seu país se juntou em 1973. O Banco da Inglaterra disse que a desfiliação, apelidada de “Brexit”, em inglês, pode lançar o país numa recessão econômica.
(Com agência Reuters)