
Rio de Janeiro, 20 abr (EFE).- No dia mundial da maconha (20/4), defensores da legalização da maconha ‘plantaram’ 420 réplicas da folha da ‘cannabis sativa’ na praia de Copacabana, a mais famosa do Rio de Janeiro, para pressionar à justiça a descriminalizar o consumo e liberar o seu cultivo caseiro.
As folhas de maconha espalhadas pela areia da praia chamavam a atenção dos turistas que passeavam nesta sexta pelo famoso calçadão de Copacabana, que, segundo os manifestantes, demonstraram certa simpatia com a causa do inédito protesto.
‘Nosso objetivo é pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para que declare inconstitucional o artigo da Lei de Tóxicos que enquadra como crime o uso da droga para consumo próprio’, afirmou à Agência Efe Raoni Mouchoque, ativista da ‘Rádio Legalize’ e um dos coordenadores do protesto.
O ativista disse que as 420 folhas representam um número simbólico para os usuários de maconha do Brasil e do mundo, já que essa data é celebrada em diversos países. Segundo Mouchoque, o horário das 4h20 (da tarde) é tido como o melhor horário para consumir a erva.
‘O tribunal ainda não fixou uma data para se pronunciar sobre essa reivindicação, que, por sua vez, pede que esse artigo seja declarado inconstitucional. ‘Queremos chamar a atenção para que a audiência seja realizada o mais rápido possível’, acrescentou o ativista, responsável por uma rádio na internet que defende a legalização do consumo.
A ‘Rádio Legalize’ também é responsável pela chamada Marcha da Maconha desde 2008. Segundo os responsáveis, a polícia foi avisada previamente sobre a realização dessa manifestação, que também foi devidamente autorizada. A chamativa plantação de maconha em Copacabana poderá se estender por até 12 horas.
‘A recepção foi muito positiva. A grande maioria não tinha conhecimento da causa e terminou se manifestando a favor’, completou Mouchoque. EFE