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Ativistas pelo direito ao aborto organizam mais de 400 marchas nos EUA

Manifestações foram convocadas em resposta ao vazamento de documento da Suprema Corte que expôs um plano da Justiça americana de reverter decisão de 1973

Por Da Redação 14 Maio 2022, 18h13

Milhares de defensores do direito ao aborto se reuniram em protestos pelos Estados Unidos neste sábado, 14, dando início ao que organizadores chamaram de “um verão de raiva” se a Suprema Corte do país anular a norma que legalizou a interrupção de gravidez, conhecida como Roe vs. Wade.

Grupos favoráveis ao direito ao aborto, como a Planned Parenthood e Women’s March, organizaram mais de 400 marchas em todo o país, segundo compilação feita pela agência de notícias Reuters. As maiores manifestações são esperadas em Nova York, Washington, Los Angeles e Chicago.

Na capital, defensores se reuniram no Monumento a Washington, com planos de caminhar até a Suprema Corte. Afirmando que estes serão os “primeiros de muitos protestos coordenados” em torno da possível decisão, organizadores disseram esperar centenas de milhares de pessoas neste sábado.

+ Ameaça de retrocesso nos EUA reforça a urgência do debate sobre aborto

As manifestações foram convocadas em resposta ao vazamento em 3 de maio de um documento da Suprema Corte que expôs um plano da Justiça americana de proibir o direito ao aborto nos Estados Unidos, derrubando a decisão Roe vs. Wade, em vigor desde 1973. A decisão garante às mulheres o direito ao aborto até a 28ª semana de gestação, mas o novo projeto seria similar ao do estado do Mississipi, que em 2018 sancionou uma lei que veta a interrupção da gravidez depois de 15 semanas, incluindo casos de estupro e incesto.

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“Seremos ingovernáveis ​​até que este governo comece a trabalhar para nós, até que os ataques a nossos corpos diminuam, até que o direito ao aborto seja codificado em lei”, afirmou Rachel Carmona, presidente da Women’s March, a marcha das mulheres. “Para as mulheres deste país, este será um verão de raiva”.

O aborto está entre uma série de direitos fundamentais que o tribunal americano reconheceu, pelo menos em parte, como liberdades processuais “substantivas”, incluindo a contracepção, em 1965, o casamento inter-racial, em 1967, e o casamento entre pessoas do mesmo sexo, em 2015.

+ Aborto nos Estados Unidos: marcha a ré à vista

Se a Justiça americana derrubar a decisão Roe vs. Wade, o que pode acontecer já em julho, o aborto se tornaria instantaneamente ilegal em 22 estados. Com isso, esses direitos americanos poderiam estar ameaçados, por terem sido reconhecidos pela Suprema Corte “recentemente”.

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