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Atirador dos EUA conseguiu comprar armas mesmo com alto potencial violento

Suspeito de matar sete pessoas a tiros no desfile de 4 de julho tinha duas passagens pela polícia e ainda assim obteve as armas legalmente

Por Duda Gomes 6 jul 2022, 14h19

O homem de 22 anos acusado de matar sete pessoas e deixar pelo menos 30 feridas depois de um tiroteio nas proximidades de Chicago, nos Estados Unidos, teve duas passagens pela polícia em 2019, e conseguiu comprar armas legalmente no mesmo ano. Ele é esperado no tribunal americano nesta quarta-feira, 6.

Robert E. Crimo III é suspeito de disparar mais de 70 tiros de um telhado no Highland Park, durante um desfile de 4 de julho, dia da Independência. Na terça-feira, 5, ele foi acusado pelos sete assassinatos em primeiro grau.

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Centenas de pessoas que participavam da comemoração, inclusive crianças, tiveram que deixar o local às pressas, pouco depois do começo da passeata, às 10h (12h de Brasília), na segunda-feira, 4. O suspeito só foi encontrado oito horas depois. Seu advogado disse que pretende entrar com uma declaração de inocência para todas as acusações

As autoridades agora se perguntam como ele foi autorizado a comprar várias armas, mesmo sendo uma pessoa com alto potencial de violência. Em 2019, a polícia foi à casa de Crimo após um telefonema de um familiar que disse que ele estava ameaçando “matar todo mundo” lá. Na época, os policiais confiscaram 16 facas, um punhal e uma espada, mas não havia sinal de que ele tivesse armas. Meses antes, a polícia havia registrado uma tentativa de suicidio dele.

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O porta-voz da força-tarefa, Christopher Covelli, informou que Crimo planejava o ataque há semanas e que comprou legalmente o rifle usado no ataque. Ao todo, o suspeito comprou cinco armas de fogo, que foram recuperadas por policiais na casa de seu pai.

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Os investigadores que interrogaram o suspeito e revisaram suas postagens nas redes sociais não determinaram um motivo ou encontraram qualquer indicação de que ele visava vítimas por raça, religião ou outro status protegido, disse Covelli.

Nas buscas em suas redes sociais e em um exame preliminar de seu histórico na internet feito por agentes federais, indicava que ele havia pesquisado assassinatos em massa e baixado várias fotos que retratavam atos violentos, incluindo uma decapitação.

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A polícia estadual disse que Crimo solicitou uma licença, patrocinada pelo pai, em dezembro de 2019, mesmo ano de sua passagem pela polícia. No estado de Illinois, a compra de armas pode ser negada a pessoas condenadas por crimes, viciadas em narcóticos ou aquelas consideradas capazes de prejudicar a si mesmas ou a outros, como era o caso do jovem.

Na época, “não havia base suficiente para estabelecer um perigo claro e presente” e negar o pedido, disse a polícia estadual em comunicado.

O pedido deve passar por “um tribunal, conselho, comissão ou outra autoridade legal”. O estado tem ainda uma ‘lei de bandeira vermelha’, projetada para impedir que pessoas perigosas cometam suicídio, mas exige que familiares, amigos ou policiais peçam a um juiz que ordene a apreensão de armas.

A revelação sobre a compra das armas é apenas mais um exemplo de jovens que conseguiram obter munição e realizar massacres nos últimos meses, apesar dos sinais de alerta sobre sua saúde mental e inclinação à violência. Em maio, outro jovem entrou em uma escola primária no Texas e matou 19 crianças e dois adultos a tiros. No começo de junho, um tiroteio em massa em um hospital em Oklahoma deixou quatro mortos. Três dias depois, um atirador matou três pessoas em uma rua movimentada da Filadélfia.

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Ainda seguindo a onda de violência com armas nos Estados Unidos, no mesmo mês, uma mulher foi vítima de um ataque com arma de fogo em um bairro rico de Nova York.

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