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Atentados deixam 23 mortos em bairros xiitas de Bagdá

Por Ahmad al-Rubaye
5 jan 2012, 08h51

Várias bombas detonadas em bairros xiitas da zona norte de Bagdá deixaram pelo menos 23 mortos e dezenas de feridos nesta quinta-feira, anunciaram os ministérios do Interior e da Defesa.

Estes foram os atentados mais violentos na capital iraquiana desde as explosões que mataram 60 pessoas em 22 de dezembro, enquanto o país permanece afetado por uma crise política em um clima de crescentes tensões entre xiitas e sunitas.

Os atentados aconteceram nos dois mais emblemáticos bairros xiitas de Bagdá: Kazimiya, onde fica o mausoléu do 7º imã, Musa al-Kadum, e Sadr City, o maior bairro xiita da capital.

Em Kazimiya, dois automóveis repletos de explosivos foram detonados em cruzamentos próximos e deixaram 14 mortos e 37 feridos, segundo o ministério da Defesa. A pasta do Interior mencionou 15 mortos e 31 feridos.

Em Sadr City, uma moto-bomba explodiu perto de um grupo de jornaleiros que esperavam o início do dia de trabalho. O ataque deixou sete mortos e 20 feridos.

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Poucos minutos depois, duas bombas à margem de uma avenida explodiram perto do principal hospital de Sadr City, para onde eram levadas as vítimas do primeiro atentado: duas pessoas faleceram e 15 ficaram feridas.

Os ataques aconteceram em um momento de grave crise entre os blocos políticos sunitas e xiitas. Dirigentes das duas tendências manifestam preocupação com a possibilidade de um ressurgimento da onda de violência religiosa que provocou milhares de mortes entre 2006 e 2007.

A atual crise teve início depois que a bancada parlamentar Iraqiya, de orientação sunita, passou a criticar, em dezembro e em tom duro, os métodos do governo do primeiro-ministro Nuri al-Maliki, um xiita.

A situação se agravou com a ordem de prisão contra o vice-presidente Tarek al-Hashemi, um sunita, que encontrou refúgio no Curdistão iraquiano, norte do país.

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O bloco Iraqiya, segundo maior grupo no Parlamento, com 82 legisladores, boicota há mais de duas semanas os trabalhos legislativos. Seus nove ministros fazem o mesmo no Executivo.

“Os políticos lutam entre eles pelo poder e nós pagamos o preço”, lamentou Ahmed Khalaf, um dos jornaleiros que testemunhou as explosões em Sadr City.

Estados Unidos e ONU pediram calma e diálogo às diferentes tendências políticas, mas até o momento sem resultados concretos.

O primeiro-ministro Maliki aparentemente cedeu esta semana ao aceitar que os ministros do Iraqiya mantenham o boicote sem o risco de demissão. Eles passaram a ser considerados ministros em férias.

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