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Atentado deixa ao menos vinte mortos em mercado no Paquistão

Outras quarenta pessoas ficaram feridas; ataque a bomba mirou a minoria xiita Hazara

Por Da Redação
Atualizado em 12 abr 2019, 17h40 - Publicado em 12 abr 2019, 13h54

Um atentado a bomba contra um mercado na cidade de Quetta, no sudoeste do Paquistão, deixou pelo menos vinte pessoas mortas nesta sexta-feira, 12. As autoridades confirmaram que o ataque terrorista mirava a minoria xiita Hazara.

Segundo o porta-voz da polícia, Muhammad Ramzan, a bomba de fabricação caseira estava escondida em um saco de batatas do mercado, que estava lotado no momento da explosão. Cinco dos feridos estão em estado crítico.

Perseguida, a minoria Hazara costuma frequentar o mercado com escolta policial. Nesta sexta, seguranças protegiam o trajeto de um comboio de 55 pessoas, transportadas em onze veículos. “A polícia fechou as portas (do mercado) para que ninguém pudesse entrar”, explicou o inspetor-geral adjunto de Quetta, Abdul Razzaq Cheema.

Nesta sexta, como habitual, seguranças protegiam o trajeto de um comboio de 55 pessoas, transportadas em onze veículos. “A polícia fechou as portas (do mercado) para que ninguém pudesse entrar”, explicou Cheema.

As investigações preliminares expuseram as falhas da medida preventiva, indicando que a bomba tinha sido colocada antes que o grupo chegasse ao mercado.

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Em resposta, Ziaullah Langove, o ministro de Interior da província de Baluchistão, onde ocorreu o atentado, rejeitou a versão de que a minoria étnica era o alvo do ataque. Já o primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, não comentou a questão e se limitou a condenar o atentado, pedindo que os “feridos recebam o melhor tratamento possível”.

Perseguição

A minoria xiita Hazara, que conta com 3 milhões de pessoas, é originária do centro da Ásia e foi perseguida durante décadas no Afeganistão, onde está mais concentrada. Milhares de seus membros foram assassinados no fim dos anos 1990 pela Al Qaeda e pelos talibãs, grupos de fundamentalismo sunita. 

Fugindo da opressão, a comunidade se espalhou pelo Oriente Médio, migrando majoritariamente para Irã e Paquistão, onde continuam sofrendo o mesmo tipo de intolerância.

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Em 2013, três massacres em bairros xiitas e hazaras das cidades de Quetta e Karachi causaram mais de 250 mortes. Quetta, capital da província de Baluchistão, é uma das localidades mais conflituosas do Paquistão, com a presença de grupos armados separatistas, facções talibãs e células jihadistas.

Em julho do ano passado, a cidade foi palco de um atentado durante um comício de campanha para as eleições gerais, no que foi o pior ataque da história do país, com 149 mortos.

(com Agência EFE)

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