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Ataques do Boko Haram deixam 20 mortos em três dias na Nigéria

Governo tenta negociar paz com grupo terrorista após 10 anos de conflito

Por AFP
2 abr 2018, 09h28

Pelo menos 20 pessoas morreram desde sexta-feira em Maiduguri, cidade do estado de Borno, nordeste da Nigéria, em ataques do grupo jihadista Boko Haram, que multiplicou sua ofensiva durante o fim de semana de Páscoa.

Na sexta-feira, quatro mulheres-bomba, com idades entre 13 e 18 anos, atacaram o campo de deslocados de Zawuya, nos arredores de Maiduguri, e mataram duas pessoas.

No domingo, o Boko Haram tentou uma incursão em Maiduguri, conseguindo atravessar as ‘muralhas’ de areia e os fossos que cercam a cidade. O ataque deixou 18 mortos e 84 feridos no domingo à noite, anunciou nesta segunda-feira a agência local de gestão de emergências (SEMA). “As pessoas foram assassinadas quando tentavam escapar da troca de tiros entre rebeldes e militares”, afirmou à agência AFP Benlo Dambatto, diretor da SEMA.

O ataque aconteceu por volta das 20h30 locais (16h30 de Brasília) de domingo. Os combates entre o exército e o grupo jihadista duraram quase uma hora, segundo fontes militares.

Maiduguri, cidade quase três milhões de habitantes, incluindo milhares de pessoas deslocadas pelo conflito no país, está ‘cercada’ por ‘muralha’ de areia para evitar uma incursão do grupo jihadista.

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Mas os combatentes conseguiram superar as barreiras, explicou Ba’Kura Abba Ali, membro das milícias civis que lutam ao lado do exército. “Durante mais de uma hora escutamos grandes explosões e tiros na cidade”, afirmou à AFP Ibrahim Gremah, morador de Maiduguri.

Os combatentes também tentaram realizar uma ação na capital do estado de Borno com um ataque a uma base militar na entrada da cidade, com homens-bomba e armas de fogo, disse um oficial que pediu anonimato. “Dezoito (combatentes) chegaram a pé para atacar a base, enquanto sete homens-bomba atacaram os civis em Bale Shuwar e Alikaranti”, disse a fonte.

A última grande tentativa de incursão na capital do estado de Borno, berço da seita islamita radical, acontecera na semana do Natal. O uso de mulheres-bomba, sobretudo jovens, é uma marca da facção do Boko Haram liderada por Abubakar Shekau.

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As autoridades nigerianas anunciaram na semana passada que estão negociando com o grupo rival ao de Shekau, liderado por Abu Mosab Al Barnaui, que sequestrou e depois libertou uma centena de estudantes de Dapchi, no estado vizinho de Yobe.

“O governo está mais disposto do que nunca a aceitar a entrega incondicional de armas de todos os membros do grupo Boko Haram que demonstrem sua determinação”, disse o presidente Muhammadu Buhari após um encontro com as meninas libertadas.

O anúncio aumentou a esperança de paz após 10 anos de conflito, mas também revela as divisões dentro do grupo extremista.

O conflito entre o grupo e o exército deixou mais de 20.000 mortos desde 2009 e 1,6 milhão de pessoas deslocadas que ainda não conseguiram voltar para suas casas.

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