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Ataques das forças do governo deixam 27 mortos na Síria

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25 abr 2012, 17h58

Vinte e sete civis foram mortos nesta quarta-feira pelas forças do regime em várias cidades sírias, incluindo 12 em um bombardeio em Hama, apesar da mobilização de observadores internacionais, indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Doze civis foram mortos e dezenas ficaram feridos em um bombardeio efetuado pelas forças sírias no bairro de Masaa al-Tayaran, em Hama (centro), mesmo com a presença de dois capacetes azuis da ONU na cidade, segundo esta ONG.

“O ataque ocorreu às 18h15 (12h15 de Brasília) e destruiu várias casas” desse bairro popular, declarou via Skype o militante local Abu Ghazi, acrescentando: “muitas vítimas ainda estão sob os escombros”.

Um vídeo postado por militantes no YouTube, logo após o bombardeio, mostra o que parecem ser casas reduzidas a escombros e moradores à procura de sobreviventes. Uma enorme cratera também pode ser vista.

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Um morador, também via Skype, relatou uma situação dramática, com um número de vítimas que tende a aumentar muito.

Enquanto isso, o Crescente Vermelho Árabe Sírio (CRAS) anunciou nesta quarta-feira em um comunicado em Damasco que Mohammad Ahmad al-Khadra, um de seus voluntários, tinha sido morto a tiros na véspera em Douma.

“Outros 21 funcionários ainda estavam cercados nesta quarta-feira” nesta cidade situada a 13 km de Damasco, indica o CRAS, pedindo a “todas as partes envolvidas que protejam as equipes médicas presentes em Douma e facilitem sua saída” de Douma.

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Em meio a denúncias de mortes causadas pela repressão em Douma, um grupo de observadores da ONU encarregado de supervisionar o cessar-fogo na Síria visitou esta cidade no subúrbio de Damasco.

A agência oficial Sana e militantes no local confirmaram a visita.

Douma, uma cidade de 100.000 habitantes, tem sido frequentemente afetada pela violência desde o início do movimento de contestação em março de 2011.

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O militante Mohammad al-Said disse que a visita foi muito rápida. Um vídeo mostra a chegada do carro dos observadores à cidade.

Quinze observadores estão mobilizados na Síria, segundo uma autoridade da equipe da ONU, Neeraj Singh.

A violência prossegue na Síria, apesar do cessar-fogo oficialmente em vigor no dia 12 de abril, como parte de um plano de saída da crise proposto pelo emissário internacional Kofi Annan.

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Diante deste panorama, o chefe da diplomacia francesa, Alain Juppé, ameaçou nesta quarta-feira pressionar a ONU pela adoção de uma resolução autorizando o recurso à força na Síria, em caso de fracasso do plano do emissário das Nações Unidas e da Liga Árabe, Kofi Annan.

“As coisas não estão boas, o plano Annan está fortemente comprometido”, declarou Juppé.

No entanto, “ainda precisamos dar uma chance para esta mediação sob a condição de uma mobilização rápida dos 300 observadores em quinze dias, e não mais em três meses”, afirmou.

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Na noite de terça-feira, Annan pediu a mobilização “rápida” dos 300 observadores internacionais.

“A mobilização rápida da Missão de Supervisão da ONU na Síria (MISNUS) é crucial”, afirmou ele ao Conselho de Segurança, mesmo que “nenhuma solução esteja livre de riscos”. “Precisamos manter os olhos e ouvidos no terreno, capazes de se mover livre e rapidamente”, ressaltou.

Mas Annan se disse particularmente preocupado com os ataques a Hama (centro) de tropas governamentais, considerando que a situação na Síria continua sendo inaceitável.

Segundo OSDH, a segunda-feira foi a mais violenta desde que o cessar-fogo entrou em vigor, com 59 mortos, sendo 31 civis em Hama (centro).

A partir da próxima semana, 300 observadores internacionais devem ser mobilizados para supervisionar a trégua, em conformidade com uma resolução do Conselho de Segurança da ONU adotada no sábado.

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